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I SÉRIE — NÚMERO 41

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O Sr. Ministro da Saúde: — Depois, o Sr. Deputado vem falar da vacina e dizer que fizeram a vacina menos

1 milhão de portugueses. Ó Sr. Deputado, este ano foi o ano em que a taxa de cobertura vacinal foi de 97%. Foi

de 97%! Sabe por que é que o seu número vem de fichas «avariadas»? Vou explicar-lhe porquê: é que o Estado,

na sua dotação e quotas, comprou 1,2 milhões de vacinas para os utentes do Serviço Nacional de Saúde. O

setor privado, nas farmácias, teve uma dotação de 800 000 vacinas. Ó Sr. Deputado, neste momento, sobram

pouco mais de 50 000 vacinas. Repare bem, Sr. Deputado: 50 000 em 2 milhões! Veja bem qual é a

percentagem!…

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Está muito baralhado!

O Sr. Ministro da Saúde: — Não sei onde é que o Sr. Deputado vai arranjar… Baralha-se muito, de facto,

como diz a Sr.ª Deputada, nas contas das vacinas.

Passemos agora à questão da atividade e, depois, à da dívida e do saldo.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Mas não dão as «fichas»!…

O Sr. Ministro da Saúde: — Nós, depois, partilhamos as fichas com a Sr.ª Deputada. Fique descansada que

nós temos fichas boas!

Sr. Deputado, passemos, então, à atividade assistencial: maior número de doentes operados desde sempre;

maior número de consultas hospitalares desde sempre; maior número de doentes de consultas de cuidados de

saúde primários — aqui, o Sr. Deputado também se enganou; maior número de transplantes desde sempre;

maior número de medicamentos inovadores aprovados — foram 51 medicamentos inovadores, Sr. Deputado.

Sr. Deputado, quanto ao saldo e à dívida, as suas fichas também estão desatualizadas. Já respondi ao CDS

que o saldo de 2016 vai ser o melhor saldo de sempre! Não é melhor relativamente a 2015, é o melhor de

sempre!

Aplausos do PS.

E depois, há falta de argumentos e quando as fichas, de facto, não estão bem escritas, gera-se ruído à volta.

Mas olhe que o ruído não adianta nada, porque os portugueses percebem bem a diferença entre o que são

factos e o que é ruído, Sr. Deputado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para replicar, tem novamente a palavra o Sr. Deputado Luís Vales.

O Sr. Luís Vales (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, penso que mandar os Srs. Deputados ir consultar à

Internet os resultados em vez de responder às questões que são colocadas por esta Assembleia da República

é que de lamentar.

Aplausos do PSD.

Sr. Ministro, gostava de o questionar sobre as ordens que o senhor deu aos hospitais para a contratualização

dos cuidados de saúde no SNS para este ano.

O Sr. Ministro anda sempre a dizer que quer reduzir os custos com médicos tarefeiros nas urgências e com

as empresas que fornecem estes serviços, medida, que, aliás, o PSD acompanhou e que, em 2015, se

comprovou, porque diminuímos, de facto, o recurso a estes serviços.

Mas, nas ordens que o senhor deu este ano aos hospitais, lê-se, na página 32, que os hospitais devem

manter os custos globais com suplementos remuneratórios e prestações de serviços. Sr. Ministro, em que é que

ficamos?

Anda, por um lado, a prometer contratar mais médicos para o SNS, quer diminuir o número de trabalhadores

precários mas, ao mesmo tempo, dá ordens para manter os custos com estes serviços, com os privados?