I SÉRIE — NÚMERO 41
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Aplausos do PS.
… no sentido de que possa cumprir o seu papel não apenas na área do plasma, mas também naquela que
é a reserva estratégica do medicamento, dos soros, dos injetáveis, quando estava destinado ao encerramento
por uma iniciativa mal considerada, mal pensada do Governo anterior.
A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro da Saúde: — Creio que, com essa medida, também poderemos reforçar o pilar público de
intervenção numa regulação ativa, eficaz e segura desse tipo de produtos para o Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para formular perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Graça, do
PS.
O Sr. Luís Graça (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Secretários de Estado, Sr. Ministro da
Saúde, este debate, praticamente a chegar ao fim, foi solicitado pelo CDS-PP e retenho a frase da Sr.ª Deputada
Isabel Galriça Neto, que referiu acreditar que as qualidades pessoais do Sr. Ministro lhe davam a esperança de
que viríamos a obter resultados melhores do que no passado — presumo que estava a falar do vosso passado.
Sim, este debate reflete e mostra que, passado um ano, os resultados são melhores do que aqueles que os
senhores conseguiram nos últimos quatro anos: o saldo de execução orçamental, como aqui foi dito, é o melhor
de sempre e a dívida, afinal, ficará em linha com a que recebemos em 2015. Parece que hoje nevou no Algarve,
mas foi, afinal de contas, a bancada do PSD que gelou no Plenário sem nenhuma ideia, sem nenhum argumento
para contrapor aos resultados que o Governo nos trouxe.
Sr. Ministro da Saúde, ontem foi publicado um regime de incentivos à mobilidade geográfica de médicos para
a fixação em regiões menos favorecidas. Sei do que falo enquanto utente do Serviço Nacional de Saúde: às
vezes, dá a sensação de que passar a ponte sobre o Tejo já é afastarmo-nos demasiado da qualidade de um
serviço nacional para todos os portugueses.
Por isso, não só em nome do Algarve mas também da Guarda, de Viseu, do Alentejo, pergunto-lhe em que
medida espera que este diploma resolva esse problema crónico da falta de médicos nas regiões periféricas.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde para responder.
O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Graça, com efeito, a aprovação do decreto-
lei que estabelece incentivos à mobilidade para zonas carenciadas e a sua promulgação pelo Sr. Presidente da
República abrem uma oportunidade histórica para finalmente, de uma forma efetiva, criarmos condições para
que jovens médicos e médicos menos jovens possam considerar o seu futuro profissional fora dos grandes
centros.
Mas, além disso, a promulgação, em breve, do decreto-lei sobre a gestão hospitalar permitirá também a
criação de centros de responsabilidade integrados, podendo ser criados projetos profissionais locais,
nomeadamente no Algarve, com diferenciação e fidelização profissionais, com afiliação com as universidades,
com a adoção, através do estímulo, de relações preferenciais com os centros académicos clínicos, os centros
de referência. Com isso, a pouco e pouco poderá ser criada no País uma rede sólida, mais equitativa, mais
próxima dos cidadãos, que efetivamente permita que os portugueses tenham de se deslocar cada vez menos
aos grandes centros para satisfazerem as suas necessidades de saúde.
Mas é óbvio que a renovação dos equipamentos hospitalares e o investimento em tecnologia farão com que
o investimento no Algarve seja, também ele, um motor de atração para os profissionais. É por isso que damos
uma grande prioridade a esta área e demos orientações à ARS para que execute este programa de investimento
rapidamente. Tanto quanto possível, o que for possível executar deverá ser executado antes do verão.