25 DE JANEIRO DE 2017
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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas assumam as vossas responsabilidades e cumpram aquilo que
prometeram ao País! São ou não são uma maioria coesa, estável e duradoura? O vosso oportunismo político —
…
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Olhe para o PSD!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … repito, o vosso oportunismo político — é criticável. Mas intolerável será
que o façam resvalar para o mais básico chico-espertismo.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD está onde sempre esteve.
Vozes do PS: — Está?!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O PSD está na verdade política, explicando e fundamentando as suas
posições. Quando atualizámos o salário mínimo nacional em 2014, depois do congelamento socialista de 2010
e das imposições que os nossos credores tiveram para connosco, nós fomos claros, nós fomos verdadeiros e
nós fomos consequentes: estabelecemos um acordo na concertação social, mas nenhum dos parceiros da
nossa coligação veio ao Parlamento colocar em causa o acordo que tínhamos formulado na concertação social.
Vozes do PSD: — Exatamente!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nenhum dos parceiros de coligação, em 2014, veio ao Parlamento «tirar
o tapete» ao Governo.
Vozes do PSD: — Exatamente!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Estimulámos a criação e a manutenção do emprego, dando sequência à
recuperação económica do País, que estava a sair da recessão e que estava a projetar a recuperação do
rendimento que entretanto tinha sido perdido.
Sim, atualizámos o salário mínimo nacional! É verdade! E promovemos uma descida temporária da taxa
social única,…
Vozes do PS, do BE e do PCP: — Ah!…
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … aplicável aos salários mais baixos. É verdade, nós fizemos isso, com
verdade e com clareza.
Vozes do PS: — Foi sem querer!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E com três condições, Srs. Deputados. Primeira condição: a medida era
verdadeiramente excecional e temporária.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Segunda condição: ficou expressamente consagrado que as atualizações
subsequentes do salário mínimo nacional tinham de atender, como devem, de resto, atender, ao crescimento
da economia, à evolução dos preços e aos ganhos de produtividade.
Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.
Terceira condição: a medida era exclusivamente suportada pelo Orçamento do Estado e não prejudicava,
nem penalizava, os pensionistas.