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2 DE MARÇO DE 2017

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metade — Sr. Deputado, veja bem, metade! — dos resultados do Governo a que os senhores chamavam o

«Governo da troica». Não deixa de ser um resultado absolutamente extraordinário.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — O investimento estrangeiro é metade do que foi conseguido em

2015, com o anterior Governo.

Por isso, Sr. Deputado, quem é que pôs a reforma do IRC na gaveta? Quem é que reviu em baixa os objetivos

das exportações para 2020? Foi o Partido Socialista, foi este Governo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Pensei, sinceramente, que o Sr. Deputado viria aqui dar-nos alguma

notícia sobre o famigerado programa Internacionalizar, anunciado pelo Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, em

junho de 2016. Passaram oito meses e disso o Sr. Deputado não quer saber!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Zero!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Os Srs. Deputados, por vezes, têm três fixações: Pedro Passos

Coelho, Assunção Cristas e Paulo Portas. Estes resultados têm um nome. Sabe qual é? António Costa.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

Protestos do PS.

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr. Presidente, aproveitando apenas para responder ao Sr. Deputado

António Costa Silva, e agradecendo-lhe as perguntas que colocou, digo-lhe que, de facto, estamos muito

preocupados com estes resultados, pois eles demonstram um adormecimento, um apagamento do Ministério

dos Negócios Estrangeiros, que não era visto há muito tempo, e isso só nos pode trazer enormes preocupações.

É preciso captar investimento produtivo, gerar emprego sustentado e apostar na internacionalização da nossa

economia e das nossas empresas. É preciso um Ministério que saiba conviver com a economia e que saiba que

é juntando a economia e olhando para o futuro que, seguramente, conseguirá ter melhores resultados do que

os que temos visto.

Este caminho não nos traz nada de bom, seguramente.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para proferir a última declaração política, tem a palavra o Sr.

Deputado Bruno Dias, em nome do Grupo Parlamentar do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A discussão sobre a expansão da rede

de aeroportos nacionais e, concretamente, sobre o novo aeroporto de Lisboa tem vindo a realizar-se ao longo

de muitos anos, também com o acompanhamento e o contributo da Assembleia da República, em particular em

2007-2008.

Nessa altura, na base de vários estudos desenvolvidos, designadamente pelo LNEC (Laboratório Nacional

de Engenharia Civil), foram abandonadas as opções Ota e Portela+1, nas suas diferentes soluções — Alverca,

Montijo, Monte Real, etc. — e optou-se pela localização no Campo de Tiro de Alcochete, como sendo a opção

mais válida para esta infraestrutura.

Dez anos passados, tendo-se verificado um crescimento do tráfego aéreo que foi para lá das previsões

iniciais, não só não se concretizou nenhuma decisão para a construção do novo aeroporto de Lisboa, como se

procedeu, com elevados custos para o interesse nacional, quer à privatização da ANA (Aeroportos e Navegação

Aérea), entregando-a à multinacional francesa Vinci — que também participa no consórcio que explora as Pontes