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9 DE MARÇI DE 2017

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Já sabemos que vai haver um Programa Qualifica e um Programa Interface, mas era melhor convencer-se o

Sr. Ministro da Educação a meter na gaveta a reforma curricular que está a preparar, porque essa, sim, vai ser

um retrocesso gigantesco para as qualificações dos portugueses no futuro.

Aplausos do PSD.

Podia começar a lutar por melhor crescimento e por melhores qualificações substituindo a política que está

a fazer na área da educação.

Mas nada foi feito no que respeita à recapitalização das empresas e à conversão de dívida em capital e,

apesar de ser um compromisso do Primeiro-Ministro já há um ano, nada foi feito no que respeita à criação de

um veículo para gerir o malparado.

Ora, o Sr. Primeiro-Ministro veio dizer ainda recentemente que havia novidades sobre isso, porque

estaríamos muito perto de chegar a um entendimento na União Europeia para termos uma tal solução, e

pergunto ao Sr. Primeiro-Ministro qual é essa solução.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Passos Coelho, percebo que não esteja

satisfeito, porque sabemos bem que está frustrado por todas as suas previsões durante o ano de 2016 terem

sido um redondo fracasso.

Aplausos do PS.

A sua frustração é a demonstração aritmética do erro da sua estratégia política durante todo o ano de 2016.

Durante todo o ano de 2016, o Sr. Deputado e o seu partido limitaram-se a dizer que o País só iria colher

tempestades e que todas as tragédias aconteceriam ao País, que iríamos ter as sete pragas do Inferno e que

até o Diabo havia de aparecer. A verdade, Sr. Deputado, é que o ano de 2016 foi correndo, nenhuma dessas

tragédias aconteceu, estamos em março e o Diabo continua sem ser visto em Portugal.

Aplausos do PS.

Por isso, Sr. Deputado, tendo V. Ex.ª tido como estratégia que tudo o que seria bom para País seria mau

para si, é natural que, com os resultados que têm sido bons para o País, esteja frustrado e insatisfeito por serem

maus para si.

Mas garanto-lhe que o País não deseja estar pior para que o senhor fique melhor. A nossa ambição e a

ambição de todos os portugueses é continuar a melhorar o País, mesmo que isso signifique continuar a piorar

o seu desempenho político. Tenho pena, mas estamos cá para melhorar o País e não para tratar da sua boa

imagem política.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, os números têm a enorme vantagem de não permitirem duas leituras. Durante o ano de 2015,

a economia foi desacelerando. No primeiro trimestre crescia, em termos homólogos, 1,6% e saiu do ano a

crescer 1,4%, ou seja, menos do que no início do ano. Progressivamente, ao longo de 2015, o crescimento foi

desacelerando.

O que aconteceu em 2016?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — A bancarrota?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi precisamente o inverso, o crescimento foi progressivamente acelerando.