20 DE ABRIL DE 2017
11
nos portugueses e nas portuguesas e no desenvolvimento do nosso País. Um plano que virou Portugal para o
futuro e para um caminho de prosperidade e progresso e pelo respeito pelas pessoas e pelas empresas. Um
plano que desenhou um caminho para a recuperação de rendimentos das famílias e de mínimos sociais, algo
que havia sido violentamente cortado pelo anterior Governo PSD/CDS.
Esse plano desenhou um caminho diferente do do empobrecimento e chegou, até ao dia de hoje, numa
postura de responsabilidade nas políticas e mantendo a sustentabilidade das contas públicas. Mais ainda:
atingindo o menor défice alguma vez conseguido em 42 anos de democracia,…
O Sr. Carlos César (PS): — Bem lembrado!
A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — … aumentando o bem-estar social, reforçando o acesso a bens e serviços
essenciais, muito em particular na educação e na saúde, e recuperando o dinamismo económico ao longo do
ano, fazendo crescer a economia em processo de convergência com os seus parceiros europeus — e todos
sabemos quão difícil foi esse processo.
Por um lado, porque este Governo herdou um Portugal 2020 parado e pouco ágil, de costas viradas para o
País e para as empresas…
O Sr. Carlos César (PS): — Bem lembrado!
A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — … e com apenas 4 milhões de euros pagos às empresas.
Por outro lado, herdou os problemas de um sistema bancário com sérias dificuldades de resposta no apoio
ao investimento, com um stock de crédito de risco muito elevado, que se revelava imprescindível solucionar,
mas também era premente recuperar a estabilidade financeira do sistema bancário e, já agora, a sua capacidade
de financiar a economia.
Hoje, o cenário é diferente: Portugal apresenta-se ao mundo com uma estratégia e com a força das
convicções que essa estratégia implementada durante um ano permitiram, uma estratégia que está a ser
implementada e, apesar de estar ainda a dar os seus primeiros passos, os seus resultados já são visíveis, quer
em termos económicos, quer em termos sociais e, já agora, em termos de finanças públicas.
O plano que hoje o Governo traz para discussão tem, por isso, tudo a ver com uma continuidade e com o
alinhamento com o plano que trouxe aqui em 2016. Isto com todas as dificuldades conhecidas — não podemos
esquecer-nos dos promotores da desgraça, da qual o PSD e o CDS têm sido bons arautos, a travarem as
expetativas e a ansiarem sempre o pior, como, aliás, hoje já voltaram a fazer.
Mas, ainda assim, foi possível chegar até aqui e com um reconhecido sucesso nacional e – leia-se a imprensa
internacional – internacional. Compreendemos que, com todo este enquadramento, é difícil aceitar os resultados,
e alguns até dizem que foram um milagre, mas a verdade é que foram atingidos, e, hoje, alguns desses, que
anunciaram que era um milagre, assumem que os resultados são credíveis, que são plausíveis, que são
prováveis e reconhecem que o investimento na ordem de 4,8% é possível, obtendo resultados positivos e
trazendo, novamente, a recuperação de rendimentos e bem-estar às famílias e às empresas.
Assim, podemos dizer, sem falsas modéstias, que o Governo tem agora a seu favor todo o desempenho de
2016 que trouxe até ao momento.
Afinal, ao contrário da visão que o Governo PSD/CDS trouxe a esta Câmara, em abril de 2015, existe, de
facto, outro caminho.
A fórmula é clara: mais rendimento disponível, mais investimento em setores multiplicadores essenciais para
o novo paradigma de desenvolvimento do País, logo, mais economia em movimento, logo, mais crescimento
económico. Não custa muito, é apenas pensar nas pessoas, é apenas pensar no País.
Sr. Ministro Pedro Marques, todos sabemos – e hoje apresentou-nos aqui o Programa Nacional de Reformas
— que há muitos anos ouvimos a ladainha das reformas estruturais, é algo que os portugueses dizem ser sempre
recorrente, mas, de facto, perspetiva-se que continue a ser com este plano que seja possível desenhar e
implementar as reformas que politicamente são importantes para o nosso País e que podem trazer resultados
positivos.