I SÉRIE — NÚMERO 77
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As medidas que temos vindo a conceber e a implementar, num quadro de diálogo e estabilidade, permitem
assegurar uma gestão rigorosa das contas públicas, aumentando a confiança na nossa economia, com a
consequente diminuição dos custos de financiamento. As taxas negativas e historicamente baixas da emissão
de hoje são mais um passo neste sentido.
No contexto europeu, o Governo tem feito tudo, e tudo continuará a fazer, para criar as condições que
permitam conjugar financiamento com crescimento. A Europa deve ser um espaço de convergência. A Europa
deve ser um espaço de bem-estar.
Estimamos que a economia portuguesa cresça 1,8% já em 2017, alcançando os 2,2% em 2021.
O desemprego continuará a cair, passando de 9,9% em 2017 para 7,4% em 2021, e ao mesmo tempo,
empregando trabalhadores mais qualificados e em empregos de maior qualidade, aumentará a produtividade
em Portugal.
Em 2017, as exportações registarão um aumento de 4,5%, acima dos 4,1% de crescimento das importações.
Também o investimento se estima que cresça 4,8%, parcialmente sustentado pela aceleração da execução dos
fundos comunitários.
O Programa de Estabilidade foi preparado em estreita relação com o Programa Nacional de Reformas,
apresentado pelo Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas. O Programa Nacional de Reformas é
decisivo na resolução dos desequilíbrios que ainda registamos no nosso País.
Durante quatro anos não houve compreensão do que é a essência da nossa economia.
Vozes do PS: — Isso é que é a verdade!
Aplausos do PS.
O Sr. Ministro das Finanças: — Durante quatro anos assumiu-se que reformar significava perder valor. Mas
isso mudou.
Deixaram-nos um País em que os mais jovens encontravam emprego lá fora…
A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — E agora não?!
O Sr. Ministro das Finanças: — … e os menos jovens encontravam desemprego cá dentro.
Aplausos do PS.
Neste País, o desemprego levava à perda de direitos em pensões, porque não há pensões sem emprego.
O Programa de Estabilidade promove um crescimento sustentado, que conta com todos.
Em todos os indicadores económicos, 2017 continua e acentua a trajetória de crescimento de 2016. No
primeiro trimestre de 2017, as exportações cresceram, como não acontecia desde 2010. No primeiro trimestre
de 2017, o emprego cresceu, como não acontecia desde 2008.
Aplausos do PS.
No primeiro trimestre de 2017, o desemprego registado caiu, como não acontecia desde 1989; na verdade
desde que há registos. São menos 103 600 desempregados face a 2016.
Aplausos do PS.
No primeiro trimestre de 2017, os indicadores de investimento privado voltaram a crescer a dois dígitos, como
não acontecia há várias décadas em Portugal. Desde 2016 que Portugal converge — repito, converge, Srs.
Deputados — de novo com a Europa.
Vozes do PSD: — Não é verdade!