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I SÉRIE — NÚMERO 79

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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António

Leitão Amaro.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ainda sou do tempo em que

as esquerdas gritavam contra mais dinheiro para a banca,…

O Sr. Heitor Sousa (BE): — «Gritavam» é uma força de expressão!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … ainda sou do tempo em que António Costa, já Primeiro-Ministro,

prometia não envolver mais dinheiro dos contribuintes nos bancos nem dar garantias públicas na venda do Novo

Banco, ainda sou do tempo em que as esquerdas gritavam contra os salários altos dos banqueiros, ainda sou

do tempo em que a esquerda gritava contra os encerramentos de balcões e mais despedimentos nos bancos,

também sou do tempo em que o Governo PSD/CDS recapitalizou bancos, vendo, por exemplo, o BPI e o BCP

devolverem tudo ao Estado, com juros muito altos, que fazem ganhar os contribuintes,…

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Não é verdade, não ganham nada!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … e com cortes de 50% nos salários dos administradores dos bancos.

Eu fui deste tempo, os senhores também, mas ele acabou.

Bem nos tinham prometido o tempo novo!… Esse tempo novo chegou. Neste tempo, o Governo das

esquerdas envolveu já, para os bancos, mais de 10 000 milhões de euros dos contribuintes.

A Sr.ª Margarida Balseiro Lopes (PSD): — Ah, pois!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — BANIF, Caixa, Novo Banco, mais de 1000 €/português!

Neste novo tempo, os salários dos administradores da Caixa triplicaram. Neste novo tempo, o Governo das

esquerdas acordou em mais encerramentos de balcões e em mais gente mandada embora dos bancos: Caixa,

Novo Banco, BANIF.

No tempo novo, aquela conversa fingida, que ouvimos tanto, da reestruturação da dívida pública em benefício

dos contribuintes, deu lugar a uma reestruturação da dívida dos bancos em prejuízo dos contribuintes.

A Sr.ª Margarida Balseiro Lopes (PSD): — É verdade!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — No tempo novo, privilegiam-se os bancos, dando-se-lhes benefícios

fiscais que se retiram, ao mesmo tempo, às outras empresas.

O Sr. João Galamba (PS): — Os bancos?! Os bancos pagam 105 milhões de euros?!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Afinal, o tempo novo das esquerdas o que traz? Negócios maus e

ruinosos para os contribuintes, mas generosos para a banca. Este é o tempo novo.

Aplausos do PSD.

O que dizem os partidos da esquerda? César e Galamba diziam que o negócio da venda do Novo Banco era

ruinoso, era para nacionalizar. O que fazem agora? Estão caladinhos!

PCP e Bloco de Esquerda dão tiros de pólvora seca: continuam firmes no apoio parlamentar, certos no lugar

da sua maioria, a cada dia, apoiando o Governo e as suas medidas. E o que fazem? Trazem a votos a não

concretização, a paragem desta venda? Não!… Trazem a votos o perdão aos bancos? Não!… O que fazem?

Em jeito de espantalho parlamentar, para distrair dos maus negócios do Governo que apoiam, o que fazem?

Para um negócio, a venda do Novo Banco, que já traz muitos custos para os contribuintes apresentam iniciativas

que ainda trazem mais custos. E não é o PSD que o diz, é o vosso Governo que diz que serão mais 4000, 5000,

10 000 milhões de euros.