I SÉRIE — NÚMERO 95
32
Não querem falar disso porque o rendimento das famílias afinal aumentou! E não querem falar disso porque
a gestão das contas públicas é, afinal, um sucesso. Não querem falar disso porque a oposição falhou e porque
o Governo não falhou, para benefício de todos os portugueses.
Aplausos do PS.
Mas, mais: depois de gorada a iniciativa de dizer que o que de bom acontece, ou pode acontecer, se deve
ora ao anterior Governo, ora a uma providência desconhecida, agora «meteram a viola no saco».
Na verdade, o desplante excedia o plausível. Como podia a oposição reclamar ser a razão dos sucessos do
rumo que esconjurou, das mudanças que combateu e da política que sempre condenou?!
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, ainda ontem a OCDE, que não é propriamente
um departamento ou um gabinete de estudos do Partido Socialista, deu conta disso: reviu em forte alta o
crescimento económico para Portugal e o investimento, que melhora sete vezes mais a sua anterior previsão,
as exportações atingirão recordes e prevê, em 2017 e 2018, que o desemprego ficará abaixo dos dois dígitos,
que a melhoria das contas públicas continuará e que a diminuição da dívida pública ocorrerá nesses dois anos.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos César (PS): — Lembro, Sr. Presidente, para concluir, que, embora o nosso País ainda tenha
uma altíssima taxa de pobreza, atingimos a taxa de pobreza mais baixa dos últimos cinco anos e o maior
crescimento do rendimento disponível das famílias dos últimos oito anos e meio.
É por isso que a oposição já não quer saber da economia, já não quer saber do emprego, já não quer saber
dos rendimentos e já não quer saber das contas públicas!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.
O Sr. Carlos César (PS): — Termino, concluindo, Sr. Presidente, com o seguinte: não faltam, pois, motivos
de esperança para Portugal. O Governo tem a grande responsabilidade de honrar o seu compromisso
parlamentar e a confiança e a esperança que os portugueses nele têm.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro, para responder.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos César, sublinhou bem o que é essencial: a
oposição tem um discurso salta-pocinhas, sempre à procura do tema para focar o ataque ao Governo. Conforme
vai falhando nas suas previsões e nenhuma das catástrofes anunciada se vai concretizando, vai procurando
encontrar um novo tema para atacar o Governo.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Também queria escolher o nosso tema?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Aquilo que é absolutamente extraordinário é que o Sr. Deputado Luís
Montenegro, muito parecido, aliás, com o Sr. Deputado Luís Montenegro que nos habituámos a ver ao longo
dos últimos anos à frente da bancada do PSD,…
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É o mesmo!