I SÉRIE — NÚMERO 96
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A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de José
Alberto Pires e endereça à sua família e ao PCP as suas condolências.»
O Sr. Presidente: — Vamos, então, passar à votação.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Encontram-se também presentes nas galerias familiares do nosso antigo colega José Alberto Pires, a quem
apresento, pessoalmente, as minhas condolências.
Prosseguimos com o voto n.º 329/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Jack O`Neil (PAN).
Tem a palavra o Sr. Secretário António Carlos Monteiro para proceder à leitura do voto.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«No passado dia 2 de junho faleceu, aos 94 anos, na sua casa em Santa Cruz, na Califórnia, Jack O’Neill,
fundador da marca O’Neill e uma referência mundial no surf.
Cresceu no sul da Califórnia e começou a fazer bodysurf aos sete anos de idade. Já em São Francisco,
trabalhou como pescador, entre outras atividades. Sempre que podia, refugiava-se no mar. Deparando-se com
o mar frio do norte da Califórnia, experimentou diversos materiais para construir um fato que lhe permitisse
enfrentar as baixas temperaturas da água, e acabou por criar o primeiro fato de neoprene, permitindo a todos
os surfistas desfrutar das ondas nos tempos mais frios e revolucionando, assim, a prática da modalidade.
Nos últimos anos, o surfista dedicava-se a causas ambientais, designadamente à proteção da costa
californiana.
Jack O'Neill amava a natureza, o mar. Empenhou-se na salvaguarda do grande tubarão branco, ameaçado
de extinção, e criou com o filho Tim, em 1996, a O'Neill Sea Odyssey, uma organização de educação marinha
e ambiental.
Num momento em que vivemos a era da voracidade inconsciente e orientada para o lucro e crescimento a
qualquer custo, honramos a vida de um cidadão que olhava o mar não como um mero recurso para rentabilizar
mas pelo seu valor intrínseco e que usava como podia a sua influência para a proteção e conservação do mar
e dos recursos marinhos.
Num momento em que legislamos e planeamos o insustentável e em que o modelo económico do
extrativismo se estende aos mares e oceanos através da exploração de hidrocarbonetos, da extração mineira,
da pesca industrial, que extermina espécies e reservas marinhas, ou da aquacultura, uma das indústrias de
pesca mais destrutivas do mundo, agradecemos o contributo que Jack O’Neill nos deixa, pelo exemplo de
simplicidade e de uma vida vivida pelo respeito profundo pela natureza, que o tornou neste lendário
empreendedor.
É, pois, com profunda tristeza que a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o seu
falecimento, transmitindo à sua família, aos amigos, ao mundo do surf e a todos os que defendem o planeta o
mais sentido pesar.»
O Sr. Presidente: — Passamos agora à votação do voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP, de Os Verdes e
do PAN e a abstenção do PCP.
Passamos, de seguida, ao voto n.º 333/XIII (2.ª) — De condenação e pesar pelos atentados de Londres e
Teerão (Presidente da AR, CDS-PP, PSD, BE, PCP, Os Verdes, PS e PAN).
Peço ao Sr. Secretário Duarte Pacheco o favor de proceder à respetiva leitura.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«O terrorismo voltou a atacar na capital do Reino Unido, na noite do passado sábado, poucos dias antes das
eleições ontem realizadas.