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12 DE JUNHO DE 2017

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Os atentados ocorridos em London Bridge e Borough Market vitimaram oito pessoas e fizeram ferimentos

noutras 48, na noite do passado sábado.

Nesta quarta-feira foi a vez de o Irão ser atingido pelo terrorismo do Daesh, com ataques no interior do

Parlamento e junto ao Mausoléu de Khomeini, que fizeram 13 mortos e, pelo menos, 46 feridos.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa a mais profunda condenação pelos

atentados ocorridos e transmite o seu mais sentido pesar às famílias das vítimas, às autoridades do Reino Unido

e do Irão e aos respetivos povos.»

O Sr. Presidente: — Vamos passar à votação do voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, na sequência dos votos que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Passamos ao voto n.º 325/XIII (2.ª) — De congratulação pelo centenário do Almanaque Camponez (PSD).

Tem a palavra o Sr. Secretário Duarte Pacheco para proceder à leitura do voto.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«O Almanaque Camponez foi editado pela primeira vez em 1917, por Manuel Joaquim de Andrade,

proprietário da Tipografia e Livraria Andrade (uma das mais antigas dos Açores), então situada na rua Direita da

cidade de Angra do Heroísmo.

A Tipografia e Livraria Andrade foi, durante anos, ponto de encontro de intelectuais angrenses, assumindo o

seu proprietário o papel de editor, como aconteceu com o Almanaque Camponez e com outros livros,

nomeadamente de poesia, da autoria de poetas como Vitorino Nemésio e Emanuel Félix, entre outros.

O Almanaque Camponez foi o projeto mais emblemático saído da Tipografia Andrade, chegando aos nossos

dias, desde há 100 anos, sem qualquer interrupção, embora, com o fecho da Tipografia, em 1984, passasse a

ser impresso nas Gráficas de Angra.

Com a modernização dos equipamentos, o Almanaque Camponez passou a ser composto e impresso

utilizando as novas técnicas, mas mantendo os mesmos formato e aparato gráfico.

São os conteúdos formativos, informativos, socioculturais e de entretenimento que têm garantido a

continuidade do Almanaque Camponez. Relevem-se as informações meteorológicas que, ao longo do ano,

avisam os seus consultores quanto ao estado do tempo e aconselhando os agricultores quanto a sementeiras e

colheitas.

Releve-se que, em tempos de iliteracia quase geral nos Açores, o Almanaque Camponez era uma das poucas

publicações que despertavam interesse pela leitura. Assim, não admira que tenha conhecido tiragens de 9000

exemplares, distribuídos e vendidos em todas as ilhas das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, bem

como em Portugal continental, onde, ao longo dos anos, conheceu e efemerizou publicações semelhantes.

Releve-se também que, apesar das distâncias, dos fusos horários e das condições climatéricas, as

comunidades de açorianos nos Estados Unidos da América e no Canadá continuam a adquirir, em número

considerável, o Almanaque Camponez, provavelmente como processo de manter raízes e vivências que ainda

lhes são queridas.

Pela persistência e êxito de Manuel Joaquim de Andrade na publicação do AlmanaqueCamponez, foi-lhe

concedida a insígnia de Cavaleiro da Ordem de Mérito Agrícola e Industrial.

Após o falecimento de Manuel Joaquim de Andrade, o Almanaque Camponez passou a ser editado pelo filho

Elvino Lonett Andrade, a que se seguiu o neto Luís Lester Fagundes Andrade, e, atualmente, cabe ao bisneto

Luís Filipe de Matos Andrade, cumprir essa tarefa.

A Assembleia da República congratula-se pelo papel desempenhado pelo Almanaque Camponez como

elemento de formação, informação e sociocultural nestes 100 anos de existência.»

O Sr. Presidente: — Vamos passar à votação do voto que acabou de ser lido.