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14 DE JUNHO DE 2017

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Vozes do PSD: — Ah!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Só têm os pareceres porque nós os pedimos!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Hoje, tudo compreendem, tudo criticam, mas aceitam tudo aquilo que este

Governo faz, mesmo que vá contra os seus princípios.

Sr. Secretário de Estado, os factos são muito simples: o Governo retirou três jurisdições da lista negra, não

tem parecer da Autoridade Tributária, os pareceres que existem eram do Governo anterior, Srs. Deputados, do

Governo anterior! Eram negativos e, por isso, o Governo não os retirou.

O Sr. João Galamba (PS): — É falso!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Mais, Sr. Secretário de Estado: aquilo que nós sabemos é que tem

explicações para dar, e sabe porquê? Porque a realidade é que hoje o maior patrocinador dos paraísos fiscais

é o Governo do PS, do Bloco e do PCP, repito: é o Governo do PS, do Bloco e do PCP, que patrocina os paraísos

fiscais, que diminui as tributações, quer do património, quer do rendimento, que estão nessas jurisdições. Este

é um facto com que os portugueses vão viver.

Aplausos do PSD e do Deputado do CDS-PP Filipe Lobo d’Ávila.

Protestos do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais,

Fernando Rocha Andrade.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: De facto, eu

também acho que não se deve brincar com coisas sérias…

Aplausos do PS.

… e, portanto, não se devem fazer mortais à retaguarda na política fiscal, consoante se entra ou se sai do

Governo.

Ficou aqui muito claro o seguinte: o Governo anterior prometeu a uma série de países que os tirava da lista.

Depois, aqui, das bancadas da direita, gritava-se: «mas não retirou». Srs. Deputados, nós não achamos que

mentir a países estrangeiros seja uma atitude decente de um Estado soberano.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD Duarte Pacheco.

Srs. Deputados, neste momento, a ideia de ter uma lista com mais de 80 jurisdições só é partilhada por nós.

Podemos todos achar, na linha do «orgulhosamente sós» como tradição, que só nós é que temos razão e que

está tudo errado. Todavia, Srs. Deputados, esta é, de facto, uma opção política. Não é aos serviços que compete

determinar se o País prefere apostar nas trocas de informações ou em listas negras gigantescas. Essa opção

— tomada totalmente dentro da legalidade e, até agora, ninguém avançou nenhum argumento a propósito de

ilegalidade, só se fala em ilegalidade e não se justifica — era do Governo.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Secretário de Estado, por favor.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — A Assembleia pode, naturalmente, voltar a pôr os

países, acabar com a troca de informações e quem tiver dinheiro e património oculto nessas jurisdições

agradecerá.