8 DE JULHO DE 2017
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Protestos do PCP.
Não há outro discurso possível, Sr. Deputado, senão apelar a ambas as partes para que entrem no caminho
da paz e da democracia.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, eram dois minutos e já ultrapassou 25% do tempo.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Ao colocarem-se dessa forma, ao lado de uma ditadura, os senhores vão
ficar sozinhos.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Olhem para a posição da Organização dos Estados Americanos, olhem
para os estados americanos.
Aplausos do CDS-PP.
Termino Sr. Presidente.
Olhem para o que diz o Secretário-Geral: «quando a voz do povo é calada com armas e violência é porque
já não resta nada da democracia.»
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Telmo Correia, tem mesmo de terminar. Foi decidido que eram dois
minutos, não podem ser três, senão tinham decidido que eram três.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Quem o diz é o Secretário-Geral da Organização dos Estados
Americanos, que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Mujica, não foi de nenhum governo
americano!
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Telmo Correia, peço-lhe para terminar, porque já ultrapassou largamente
o seu tempo em 50%.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Com a ajuda do PCP, é verdade que ultrapassei.
Peço desculpa, Sr. Presidente. Terminei.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira, do Grupo Parlamentar do PCP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PCP sempre expressou a sua
solidariedade para com a comunidade portuguesa residente na Venezuela que tem sido vítima da ação destes
grupos terroristas e sempre denunciou, na Assembleia da República, aquilo que têm sido as gravíssimas
consequências, para a Venezuela e o seu povo, da ação desses grupos terroristas.
Sr.as e Srs. Deputados, o que este Parlamento não merece e tem de rejeitar é a expressão de solidariedade
com o terrorismo que resulta de intervenções como a que acabou de fazer o Sr. Deputado Telmo Correia.
Aplausos do PCP.
De facto, a Venezuela e o seu povo têm vindo a ser vítimas da ação de grupos terroristas e golpistas que
são responsáveis pela agressão e o assassinato de cidadãos, pelo ataque a órgãos de soberania — como
aqueles que aconteceram nas últimas semanas —, a instituições e serviços públicos, pela destruição e pilhagem
de património público e privado, tal como têm sido responsáveis por ações de provocação, como aquela que
aconteceu com a ocupação do Parlamento,…