20 DE JULHO DE 2017
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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE) — Sr. Presidente, é para informar que entregaremos na Mesa uma
declaração de voto relativa ao texto final referente aos projetos de lei n.os 307/XIII (2.ª) (BE), 371/XIII (2.ª) (PS),
375/XIII (2.ª) (PCP) e 378/XIII (2.ª) (PAN), sobre assédio no local de trabalho.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Antes de dar por terminada a sessão, informo que as comissões continuarão a trabalhar até ao fim do mês,
sobretudo em redações finais, depois desta maratona de votações.
Queria desejar a todos os Srs. Deputados umas boas férias até ao próximo Plenário.
Declaro encerrada a sessão.
Eram 21 horas e 9 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativa ao voto n.º 366/XIII (2.ª):
O PCP, pela sua história, luta, ideal e projeto, defende e pugna pela realização integral dos direitos políticos,
económicos, sociais, culturais e nacionais dos povos.
Coerentemente, o PCP defende e pugna pela paz, pela resolução negociada dos conflitos internacionais,
pelo respeito da soberania e independência dos Estados, pelo desanuviamento das relações internacionais e o
desarmamento universal e controlado, pelo fim do colonialismo e de todas as formas de opressão nacional.
A perda de uma vida humana será sempre de lamentar. No entanto, a tentativa da sua instrumentalização
política não pode deixar de ser referida.
É o caso do presente voto.
São divulgadas e conhecidas posições defendidas por Liu Xiaobo, como a ideia da necessidade do
colonialismo na China para assegurar o seu desenvolvimento, defendendo que este deveria durar 300 anos ou
mais; como o seu apoio à guerra e ocupação do Afeganistão, em 2001, ou à guerra e ocupação do Iraque, em
2003, apoio que manteve mesmo face ao horror e destruição da guerra e atrozes crimes cometidos; como o
apoio à política dos EUA face a Israel, que ocupa ilegalmente territórios da Palestina e oprime o povo
palestiniano; ou ainda do seu apoio às agressões à Coreia ou ao Vietname por parte dos EUA.
Posições que dificilmente podem ser defendidas por alguém que se proclame ser defensor dos direitos
humanos, da democracia ou da paz.
É porque não embarca em cegos exercícios de instrumentalização dos direitos humanos e da democracia
para fins que em nada têm a ver com a sua defesa que o PCP se demarca deste voto.
Os Deputados, Carla Cruz — João Oliveira.
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Relativas aos projetos de lei n.os 495, 576 e 577/XIII (2.ª):
Tendo votado contra os projetos de lei n.os 495/XIII (2.ª), 576/XIII (2.ª) e 577/XIII (2.ª), e sendo a matéria
destas iniciativas controversa, entendo dever explicitar o sentido das minhas votações.
Vivemos numa democracia de «baixa intensidade» em que, fruto de fatores históricos e culturais, a
participação dos cidadãos é ainda escassa. A este facto junta-se um progressivo afastamento em relação à
política, fenómeno que não é exclusivo da sociedade portuguesa, e que tem uma tradução clara no crescimento
da abstenção a que vimos a assistir nos diversos atos eleitorais.
Apesar da previsão legal da possibilidade de os cidadãos apresentarem iniciativas legislativas, a verdade é
que tal tem sido uma raridade.