20 DE JULHO DE 2017
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Neste sentido, a viabilização da discussão na especialidade tem como objetivo a garantia da total clarificação
deste princípio.
Os Deputados do CDS-PP, Ana Rita Bessa — João Pinho de Almeida.
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Relativa ao projeto de resolução n.º 625/XIII (2.ª):
Voto a favor do presente projeto de resolução, na alínea d), única e exclusivamente, porque este projeto de
resolução inclui nesta alínea a realização do projeto ferroviário previsto no Sistema de Mobilidade do Mondego,
ao referir nesta alínea d) «Construção do Sistema Mobilidade do Mondego – construção da 1.ª fase do
Metropolitano de Superfície Serpins-Lousã – Coimbra».
Sou Deputada com absoluto sentido de representação das pessoas que represento. Garanti às pessoas da
minha região, nomeadamente às pessoas de Miranda do Corvo, Coimbra e Lousã, que sempre que estivesse
em causa a defesa do investimento neste ramal eu estaria a favor. Foi a promessa que fiz às pessoas e é a
defesa do meu território que me faz assumir esta posição.
No entanto, não quero deixar de referir que compreendo a posição do meu grupo parlamentar ao optar por
um voto de abstenção, relativamente a todo este projeto. Trata-se de um projeto de resolução demagógico e
centralista. O Grupo Parlamentar do BE não define prioridades e trata igual o que é diferente.
O objetivo de incluir na reprogramação do Portugal 2020 investimentos em Lisboa, prejudicando todo o resto
do País, especialmente as zonas do interior, merece o meu repúdio.
Particularmente, no caso do Ramal da Lousã, estamos perante uma farsa. Os Srs. Deputados do Bloco de
Esquerda viabilizaram o Orçamento e viabilizaram o Governo. Foram estes mesmos Deputados que aprovaram
já vários Orçamentos onde não está previsto o investimento no Ramal da Lousã. Se os Srs. Deputados do BE,
do PCP e do PS quisessem mesmo resolver o problema da linha da Lousã, resolviam. Infelizmente, só se têm
preocupado em fazer teatro em altura de eleições.
Relativamente à linha da Lousã e ao sistema de Mobilidade do Mondego, os Srs. Deputados brincam aos
projetos de resolução, numa clara tentativa de obter ganhos eleitorais.
Os Srs. Deputados omitem, constantemente, dois factos muito importantes:
1 — O atual Governo, suportado pelo BE, incluí vários Ministros, nomeadamente o atual Ministro do
Planeamento e das Infraestruturas, que integravam o governo do PS que destruiu a linha da Lousã através da
falsa promessa de que aí vinha um novo sistema de transporte. Este é, por isso, um Governo que conhece bem
o processo e que não deveria necessitar de gastar mais dinheiro em estudos e projetos.
2 — O Governo existe porque os Srs. Deputados o viabilizam. Bastaria a vossa exigência, aquando da
aprovação do Orçamento, para o assunto estar resolvido.
Neste tempo, apenas têm feito teatro neste Plenário através da apresentação de sucessivos projetos de
resolução onde fingem estar ao lado das pessoas.
Infelizmente, a verdade é que depois, nas reuniões de entendimento entre os partidos que sustentam o
Governo, combinam aprovar o Orçamento mesmo que este não contemple as verbas necessárias para as obras.
Com a maioria parlamentar que apoia este Governo, o problema da linha da Lousã é resolvido no dia que o
BE, o PCP e o PS quiserem.
O facto de ter sido um governo do Partido Socialista que criou este grave problema, destruindo uma linha
centenária e causando prejuízos incalculáveis àquela região, ainda proporciona maior responsabilidade ao
Governo.
Esperamos por todos estes motivos, mas sobretudo pelo sofrimento de mais de um milhão de passageiros,
que ficaram privados do seu sistema de transporte, que o Governo rapidamente decida a solução e dê
continuidade às obras na linha da Lousã.
A Deputada do Grupo Parlamentar do PSD, Fátima Ramos.
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