I SÉRIE — NÚMERO 109
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O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Sr. Presidente, é para informar a Câmara que o Grupo
Parlamentar do PSD apresentará uma declaração de voto sobre este voto de pesar.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Temos ainda o voto n.º 367/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Maria Teresa Eugénio de Almeida
(CDS-PP e 4 Deputados do PSD), que vai ser lido pelo Sr. Secretário António Carlos Monteiro.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No passado dia 14 de julho morreu Maria Teresa Eugénio de Almeida, aos 95 anos de uma vida dedicada
à missão mecenática de educar, ajudar o próximo e conservar o património nacional.
Com Vasco Maria Eugénio de Almeida, seu marido, foi criada a Fundação Eugénio de Almeida, de que Maria
Teresa Eugénio de Almeida, condessa de Vilalva, foi administradora até aos anos 2000. Para garantir que a
Fundação tivesse real capacidade de atuação, Teresa Eugénio de Almeida renunciou ao direito de usufruto do
património do seu marido, que morreu em 1975, que assim foi a base patrimonial e financeira do trabalho da
Fundação Eugénio de Almeida. Com uma enorme preocupação social, realizaram a reconstrução e recriação
do Convento da Cartuxa, a criação do ISESE — Instituto Superior Económico e Social de Évora, o apoio à
criação do Hospital do Patrocínio, de um bairro social, do aeródromo municipal e diversas instituições de cariz
social.
A sua preocupação com a conservação e a fruição do património histórico é especialmente marcante em
Évora, onde monumentos como o Páteo e o Paço de São Miguel, as Casas Pintadas e o Palácio da Inquisição
são agora equipamentos culturais abertos a todos. Também com a Fundação Gulbenkian, foi criado o prémio
Vasco Vilalva, em memória do seu marido e dedicado ao restauro do património.
Teresa Vilalva colocou a sua vida e património ao serviço dos outros, de forma simples e abnegada,
desenvolvendo o trabalho da Fundação criada pelo seu marido, seguindo uma missão: construir cultura através
da salvaguarda, no conhecimento e na valorização, do património cultural.
A Assembleia da República, reunida em Plenário, apresenta as condolências pela morte de Maria Teresa
Eugénio de Almeida à sua família e amigos, reconhecendo a sua dedicação e o seu trabalho pela cidade e o
património histórico de Évora e do nosso país.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Temos ainda o voto n.º 368/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Américo Amorim (PSD, CDS-PP e 2
Deputados do PS), que vai ser lido pelo Sr. Secretário, Duarte Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«No passado dia 13 de julho morreu o empresário Américo Amorim. Nascido a 21 de julho de 1934, em
Mozelos, Santa Maria da Feira, começou a sua atividade profissional num contexto familiar, nomeadamente na
fábrica do avô, um industrial da cortiça. Órfão de pai e mãe aos 19 anos, herdou uma pequena quota da empresa
Amorim & Irmãos, tendo, nessa ocasião, ingressado nos quadros da unidade industrial. A par dos irmãos, fundou
outras empresas do ramo corticeiro, como a Corticeira Amorim, a Ipocork ou a Champcork, também elas
referências no setor.
Américo Amorim pautou a sua intervenção pela capacidade de ‘ver mais longe’, marcada pela
internacionalização das empresas, que levou a cortiça aos quatro cantos do mundo, catapultando Portugal para
a liderança mundial do setor. Enquanto a holding Corticeira Amorim geriu as empresas da área corticeira, a
Amorim — Investimentos e Participações alargou as áreas de negócio.