I SÉRIE — NÚMERO 109
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O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Sr. Presidente, é para o mesmo efeito, para declarar que vamos
apresentar uma declaração de voto sobre esta votação.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Sr. Deputado Filipe Neto Brandão, pede a palavra para que efeito?
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Sr. Presidente, é para informar que o Grupo Parlamentar do PS entregará
uma declaração de voto sobre esta votação.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Passamos agora ao voto n.º 363/XIII (2.ª) — De congratulação pela classificação de Hebron como Património
Mundial (Os Verdes e 4 Deputados do PS). Peço à Sr.ª Secretária Idália Serrão para proceder à sua leitura.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«A Comissão de Património Mundial da UNESCO aprovou a classificação de Hebron como Património
Mundial durante a reunião que decorreu de 2 a 12 de julho, em Cracóvia, na Polónia.
A Cidade Velha de Hebron está, assim, na Lista do Património Mundial da Humanidade, sendo que a
UNESCO declarou ainda que Hebron se encontra em risco, devendo merecer proteção especial da ONU.
Hebron é uma cidade da Palestina localizada no sul da margem ocidental ocupada por Israel desde 1967 e
é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo, tendo um notável conjunto arquitetónico,
destacando-se a Mesquita de Ibrahim.
Em 1996, a Autoridade Nacional Palestiniana criou o Comité de Reabilitação de Hebron, cujo trabalho de
conservação e reabilitação mereceu o prestigiado Prémio Aga Khan de Arquitetura.
É de salientar que as autoridades palestinianas se viram obrigadas a passar a solicitação da referida
classificação para um processo de emergência devido aos contínuos atos de vandalismo por parte de colonos
israelitas que estão, aliás, comprovados por relatórios do UNOCHA (Escritório das Nações Unidas para a
Coordenação de Assuntos Humanitários).
Neste contexto, a classificação de Hebron é um reconhecimento merecido e legítimo e mais se justifica
quando a ocupação israelita persiste.
Recorde-se que, já em 2015, uma delegação da Assembleia da República constituída por representantes de
todos os grupos parlamentares esteve em Hebron e testemunhou não só a riqueza do património histórico e
cultural desta cidade como também a violência e a ameaça que representa a referida ocupação.
Perante isto, a classificação de Hebron como Património Mundial representa um contributo importante para
evitar a destruição de um património de inegável valor histórico e cultural e é mais um passo para o
reconhecimento da rica cultura do povo palestiniano.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Partido
Ecologista «Os Verdes» propõe à Assembleia da República o seguinte voto de congratulação:
A Assembleia da República reunida em plenário a 19 de julho de 2017 congratula-se com a classificação de
Hebron como Património Mundial da UNESCO, constituindo uma vitória justa e legítima e um importante e
merecido reconhecimento da sua riqueza cultural e dos direitos do povo palestiniano.»
O Sr. Presidente: — Vamos proceder à votação do voto que acabou de ser lido, Srs. Deputados.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do BE, do PCP, de Os Verdes e do PAN, votos
contra dos Deputados do CDS-PP João Rebelo e Teresa Caeiro e do Deputado do PS João Soares e abstenções
do PSD, do CDS-PP e dos Deputados do PS Pedro Delgado Alves e Rosa Maria Albernaz.
Sr. Deputado Amadeu albergaria, pede a palavra para que efeito?