6 DE OUTUBRO DE 2017
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Tudo isto reforçou a confiança dos portugueses nas instituições e essa confiança resulta, também, do facto
de, passo a passo, os compromissos que foram assumidos no quadro da Assembleia da República, não só com
os portugueses mas com o conjunto dos partidos que celebraram as posições que têm tradução no Programa
do Governo, terem permitido cumprir todos os compromissos que assumimos para com os portugueses.
Um desses compromissos tem a ver com a descentralização e essa descentralização tem de existir no
respeito, necessariamente, pela igualdade de todos os cidadãos no acesso à qualidade dos serviços públicos.
Não é por haver um reforço do papel das autarquias na saúde, na educação, na ação social que haverá menor
igualdade de qualquer cidadão no acesso à escola pública, ao Serviço Nacional de Saúde ou à proteção social.
Aplausos do PS.
Da mesma forma, não é pelo facto de haver um reforço das competências das autarquias no domínio da
educação que será beliscada a autonomia pedagógica das escolas, porque é com a autonomia das escolas,
com um reforço das competências dos municípios, que poderemos ter uma escola pública mais próxima das
populações e que sirva melhor os seus territórios.
Aplausos do PS.
Um bom exemplo disso é o facto de este ano letivo estar a ser marcado pela experiência da flexibilização
curricular à medida de cada agrupamento, das necessidades específicas de cada comunidade educativa, de
forma a que a escola pública cumpra a sua função de ser um instrumento de combate ao insucesso, de promoção
do sucesso escolar e de elevador social que a educação tem constituído num Estado democrático e numa
sociedade decente, como aquela que queremos construir com igualdade de oportunidade para todos.
Aplausos do PS.
Mas neste Estado social, a habitação é o direito primeiro, porque sem direito à habitação nenhum dos outros
direitos está devidamente assegurado. A habitação é a base em que assenta a vida das famílias e a vida das
comunidades, e é, por isso, o direito primeiro que temos de assegurar. A estratégia nacional de novas gerações
de políticas de habitação, procurando responder às populações carenciadas, à classe média, às novas
gerações, à estabilidade e à segurança que as famílias têm de ter no seu contrato de habitação, bem como
garantir a acessibilidade em condições acessíveis, de acordo com o rendimento, a diminuição da taxa de esforço
de cada família com custo de habitação, são objetivos absolutamente centrais para podermos ter melhor
ordenamento do território, famílias com melhor rendimento, melhores condições para enfrentar o nosso défice
demográfico e, simultaneamente, um forte fator de dinamização da economia.
É na prossecução destas políticas que daremos continuidade aos bons resultados que os portugueses têm
vindo a reconhecer e que, seguramente, desejam poder continuar a beneficiar até ao final da Legislatura.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Roseta.
A Sr.ª Helena Roseta (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, em primeiro lugar, queria saudar o
Governo pela aprovação, hoje, desta nova geração de políticas de habitação, concretizada em medidas e
instrumentos vários, e pelo anúncio, que aqui acaba de fazer, de que esta nova geração de políticas de habitação
vai ser posta a consulta pública.
Sr. Primeiro-Ministro, posso, desde já, assegurar que, do lado do Grupo Parlamentar e do Partido Socialista,
vai ter-nos em todo o País, em todos os territórios, em todos os bairros a pedir a participação das pessoas na
discussão da nova geração de políticas de habitação.
Aplausos do PS.