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14 DE OUTUBRO DE 2017

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A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — … considera que é bom para a sua consciência atribuir poucas

migalhas às pessoas? Nós não consideramos!

Os sociais-democratas querem que essas poucas migalhas não sejam o que as pessoas merecem. As

pessoas merecem muito mais:…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem mesmo de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — … merecem construir a sua vida, merecem os apoios para serem

pessoas novamente dignas. Os senhores querem a pobreza! É o que os senhores querem!

Vozes do PS e do BE: — Ah!

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Por isso, deixam os desempregados de longa duração…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Sr. Presidente, com o devido respeito, direi que é preciso os Srs.

Deputados terem respeito por aquilo que dizem neste Parlamento! Se há demagogia, é nessas bancadas, não

é nesta!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Antes de passarmos ao próximo ponto da ordem de trabalhos, a

Mesa deseja informar que deram entrada propostas de alteração do PSD e do CDS-PP, as quais, juntamente

com o Decreto-Lei n.º 90/2017, baixaram à 10.ª Comissão.

Entretanto, peço ao Sr. Secretário Pedro Alves o favor de anunciar iniciativas que deram entrada na Mesa.

O Sr. Secretário (Pedro Alves): — Sr. Presidente, deram entrada na Mesa, e foram admitidos, os projetos

de lei n.os 635/XIII (3.ª) — Cria a ordem dos fisioterapeutas (PS) e 636/XIII (3.ª) — Cria a ordem dos técnicos de

saúde e aprova o seu estatuto (PS) e, por último, o projeto de resolução n.º 1079/XIII (3.ª) — Promoção e

valorização da cestaria de Gonçalo, no distrito da Guarda (PS).

É tudo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr. Secretário.

Vamos regressar ao ponto 4 da ordem do dia, que consta da apreciação do Decreto-Lei n.º 66/2017, de 12

de junho, que estabelece o Regime Jurídico de Reconhecimento das Entidades de Gestão Florestal [apreciação

parlamentar n.º 39/XIII (2.ª) (BE)].

Srs. Deputados, já estão presentes membros do Governo, pelo que dou a palavra, para uma intervenção, ao

Sr. Deputado Carlos Matias, do Bloco de Esquerda.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Matias (BE): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo:

O espaço rural tem estado sujeito a transformações — por vezes, drásticas —, verificando-se uma acentuada

mudança do tradicional mosaico agro-silvo-pastoril no sentido de povoamentos mono específicos contínuos,

constituídos por espécies de elevada inflamabilidade, essencialmente eucalipto e pinheiro bravo.

As vagas de incêndios que têm assolado o País — e já hoje falámos de incêndios — com fogos de dimensão

crescente em área e tempo levaram a uma resposta concentrada no combate direto aos fogos florestais, em

detrimento da prevenção, do ordenamento e da gestão da floresta.

De acordo com os princípios da política florestal definida nos termos da Lei de Bases da Política Florestal,

impõe-se responder a necessidades urgentes de ordenamento e gestão da floresta, bem como de prevenção

contra os fogos florestais.