I SÉRIE — NÚMERO 33
36
participar ativamente nos grandes debates europeus sobre a reforma da união económica monetária ou sobre
o próximo quadro financeiro plurianual.
O que temos neste ano de apoio às empresas? Vamos, de novo, acelerar a execução dos fundos
comunitários para que neste ano consigamos atingir 2000 milhões de euros de apoio às empresas, através de
fundos comunitários.
Recordo que, quando chegámos ao Governo, há dois anos, a direita tinha conseguido fazer chegar às
empresas 4 milhões de euros. Neste momento, já chegámos aos 1250 milhões e vamos atingir 2000 milhões. É
este esforço de investimento que vamos ter de fazer.
O Orçamento do Estado concluiu as medidas necessárias à execução de um programa fundamental, o
Programa Capitalizar, que visa reforçar os capitais próprios das empresas para que tenham melhores condições
para investir e estarem menos dependentes da banca.
Hoje, felizmente, temos um sistema bancário mais estabilizado e maior credibilidade internacional, o que se
traduz na redução das taxas de juro, que são suportadas pela República e pelo conjunto da nossa economia.
Temos, por isso, condições para que o investimento prossiga e para que, com esse investimento,
continuemos a criar emprego e emprego cada vez mais qualificado.
É evidente que para termos bom emprego e bom investimento precisamos de bons serviços públicos, porque
sabemos que para haver bom investimento privado também é preciso bom investimento público.
A nossa prioridade é muito clara: nas grandes vias ferroviárias, nos nossos portos, em que haverá elementos
de inserção nas redes globais, e internacionalização da nossa economia.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou já concluir, Sr. Presidente.
O desafio que está aberto agora com a definição da estratégia Portugal 2030 é, precisamente, o de podermos
ter uma visão de conjunto que assente em três eixos horizontais fundamentais — um, que tem a ver com
inovação e conhecimento, outro, com qualificação, formação e emprego e, outro, com os desafios da
sustentabilidade demográfica — e em cinco eixos territoriais — um, que tem a ver com energias e alterações
climáticas, outro, com mar, outro, com as florestas e o desenvolvimento rural, outro, com a conectividade
internacional, e, outro, com os territórios de baixa densidade.
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — É sobre este debate, no qual é preciso um consenso político muito alargado,
desde logo quanto ao Plano Nacional de Investimento, que aqui estaremos ao longo do ano a trabalhar e a
apresentar iniciativas à Assembleia da República, onde espero que todos se libertem da espuma dos dias para
entrarem no que verdadeiramente importa e é estratégico para o futuro do País e dos portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegados ao fim do debate quinzenal com o Primeiro-Ministro, resta-
nos anunciar a agenda da reunião plenária de amanhã, que tem início às 15 horas, com a seguinte ordem do
dia: do primeiro ponto consta o debate de urgência, requerido pelo Grupo Parlamentar do PCP, sobre serviços
públicos e parcerias público-privadas na saúde, seguido, no segundo ponto, da discussão conjunta, na
generalidade, dos projetos de lei n.os 615/XIII (3.ª) — Altera a Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime
jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional (PSD) e 616/XIII
(3.ª) — Sexta alteração à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência,
saída e afastamento de estrangeiros do território nacional (CDS-PP).
Boa tarde a todos.
Está encerrada a sessão.
Eram 17 horas e 8 minutos.