I SÉRIE — NÚMERO 49
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em cada uma das escolas que escolheu! Estão no programa de investimento, com fundos nacionais por falta
desses fundos comunitários.
Sr. Deputado João Ramos, relativamente à coesão territorial, quero dizer-lhe que 300 milhões de euros foram
agora aprovados, no último concurso, para os territórios de baixa densidade. Refiro também os investimentos
da ferrovia, de que há pouco falei, Covilhã-Guarda, Elvas-Évora ou os investimentos na linha do Minho, todos
muito importantes para a coesão territorial, porque é esse o nosso exemplo e a nossa prioridade.
Sr. Presidente, se me der autorização, passo a palavra, para partilhar a resposta, ao Sr. Ministro do Ambiente.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra o Sr. Ministro do Ambiente João Pedro Marques
Fernandes.
O Sr. Ministro do Ambiente: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, dirijo-me particularmente à Sr.ª
Deputada Ana Mesquita e ao Sr. Deputado Heitor Sousa.
Foram contratados para a manutenção do metro, com uma autorização do final do ano passado, 10
trabalhadores. O recrutamento dessas pessoas está em curso e estará concluído em muito poucos dias.
Sim, Sr.ª Deputada Ana Mesquita, porque existem 29 UT paradas e precisamos de mais pessoas do que
estas para as poder recuperar. Por isso, recorremos à contratação temporária de um conjunto de pessoas para
nos darem uma ajuda na recuperação dessas mesmas composições e, dessa forma, podermos servir melhor
os passageiros do metro de Lisboa.
Sr. Deputado Heitor Sousa, não está prevista a construção de nenhuma linha circular no Porto. O que
acontece é o seguinte: quem projetou o início da linha de Campo Alegre, injetando os comboios em São Bento,
projetou mal, porque, com isso, o rio de Vila ficava numa situação insustentável e seria uma obra impossível.
Por isso, a Linha de Campo Alegre tem de ter os seus comboios injetados a partir da Casa da Música e a linha
rosa, que liga São Bento à Casa da Música, é uma linha que só por si faz sentido, até porque serve dois hospitais,
o Hospital de Santo António e o Centro Materno-Infantil do Norte. Mas, além disso, é, repito, o início da linha de
Campo Alegre, e bem, e, se me pergunta, devo dizer-lhe que acho que faz sentido prolongar essa linha para
nascente até ao Marquês e até à Avenida dos Combatentes. Acho que faz todo o sentido, mas não se trata de
uma linha circular ao longo da Constituição.
No que diz respeito a Lisboa, e respondendo à pergunta que foi feita, com certeza que existem todos os
estudos de procura e de viabilidade que justificam quer as opções tomadas para o metro do Porto, quer as
opções tomadas para o metro de Lisboa. Logo no cotejo direto entre as duas estações de prolongamento da
linha vermelha até Campo de Ourique e as estações de Santos e da Estrela, a estação da Estrela tem muito
mais passageiros do que as outras duas. Esse estudo é neutro, feito de igual forma e o método é o mesmo.
O Sr. Presidente: — Queira terminar, Sr. Ministro, por favor.
O Sr. Ministro do Ambiente: — Para além de que, naturalmente, esta linha injeta muitos mais passageiros
vindos de outros modos de transporte, exatamente por ir até ao Cais do Sodré.
Concluo, dizendo que o mais difícil, numa rede de transportes coletivos, é ser capaz de aproximar a oferta
da procura.
Estando, com certeza, a maior parte da procura no coração da cidade de Lisboa, é aí que temos de ter uma
linha distribuidora com uma maior capacidade, e existe procura para isso. E só a partir daí pode ser pensada a
expansão do metropolitano para fora da cidade de Lisboa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos
Pereira.
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Ontem, o
País ficou a saber que, em 2017, o crescimento da economia portuguesa foi o mais elevado dos últimos 17 anos.
Em 2016, já tinha crescido de forma robusta e as previsões para 2018 apontam para a manutenção deste ciclo