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22 DE FEVEREIRO DE 2018

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A grande mensagem que o PSD tentou fazer passar este fim de semana foi a de que tem um novo cantor e

uma nova música. Mas, esmiuçando o Congresso e o que lá foi dito, percebemos que a letra da música é

exatamente a mesma daquela de que dizem ter virado a página.

Senão, vejamos o que disse o Presidente do seu partido, na intervenção de encerramento: falou dos temas

de que já Passos Coelho tinha tantas vezes falado e, acima de tudo, com que PSD e CDS tantas vezes tinham

magoado o País; falou da segurança social para dizer que era preciso arranjar uma sustentabilidade. Ora, isso,

em PSD, quer dizer «é preciso arranjar onde cortar»!

Pergunto-lhe, então, Sr. Deputado, se é agora, aqui, que tem a coragem para nos dizer onde vai cortar os

600 milhões de euros com que o PSD foi a eleições, dizendo que teria de se cortar na segurança social.

Pergunto-lhe também se tem agora, aqui, a coragem de dizer o que Rui Rio não disse, ou seja, propor o

plafonamento da segurança social, criando um sistema privado para descapitalizar o sistema público.

Pergunto-lhe igualmente, Sr. Deputado, se, na saúde, vai ter a coragem de dizer aqui, preto no branco, se o

PSD vai propor a continuidade da política de descapitalização do Serviço Nacional de Saúde, de retirada de

profissionais, de ataque ao seu financiamento e de degradação da qualidade da saúde no nosso País, como fez

durante os quatro anos da sua governação.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua, por favor.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Pergunto-lhe também se, em relação à educação, vai dizer aqui, mais claramente do que disse Rui Rio

quando dizia que tinha saudades do exame do 4.º ano, que, afinal, o modelo de Nuno Crato é exatamente o

mesmo que o PSD tem para apresentar ao País.

Pergunto-lhe ainda se, quando fala de consumo interno, no final da recuperação económica vai novamente

propor cortes nos salários ou nas pensões.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Para terminar, pergunto-lhe, Sr. Deputado, se não deveria começar este

novo ciclo com um pedido de desculpas às pessoas a quem cortaram salários, a quem cortaram pensões, ao

Estado social, que cortaram, e ao País, que sacrificaram durante quatro anos.

Aplausos do BE.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Ganhe juízo!

O Sr. Presidente: — Para pedidos de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendes,

do Grupo Parlamentar do PS.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado

Feliciano Barreiras Duarte, em primeiro lugar, e em nome do Partido Socialista e do seu Grupo Parlamentar,

queria saudar democraticamente a realização do 37.º Congresso do Partido Social Democrata.

Em segundo lugar, queria dizer-lhe, Sr. Deputado, que foi pena que o País todo tivesse assistido mais às

querelas internas do Partido Social Democrata do que propriamente a uma ideia concreta para o País, que é

isso que os portugueses desejam.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD António Leitão Amaro.

Em terceiro lugar, Sr. Deputado, queria felicitar o novo Presidente do PSD pela nova era de diálogo que abriu

entre o PSD e o Governo em temas tão essenciais como a descentralização e o Portugal 2030, temas

absolutamente cruciais para o modelo de desenvolvimento do País, que o Governo e o PS colocaram na agenda.