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I SÉRIE — NÚMERO 50

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O CDS, como bem referiu, acompanhou com muito interesse este Congresso, tendo-se feito representar, no

seu encerramento, pela Presidente do partido. Quero deixar uma nota de agradecimento pela forma como foi

recebida não só a Presidente do CDS bem como toda a comitiva do nosso partido.

Quero dizer-lhe que manteremos — e cremos que estaremos de acordo em manter — uma relação

privilegiada, não artificial, como outras, uma relação de partidos que, quando o País necessita, quando o País

exige, quando é necessário assumir responsabilidades, sabem fazer, mesmo daquelas divergências que têm,

convergências.

Desde logo, gostaria de assinalar o discurso do recém-Presidente do PSD no encerramento do Congresso,

do qual V. Ex.ª também veio hoje, aqui, sublinhar algumas ideias. Refiro as ideias de preocupação com a

demografia; de preocupação com o estado a que a saúde chegou por força daqueles — imagine, Sr. Deputado!

— que, durante anos, encheram a boca com a defesa do Serviço Nacional de Saúde e que, hoje, são os

primeiros, segundos e terceiros inimigos desse mesmo Serviço Nacional de Saúde;…

Vozes do PSD: — É verdade!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … de preocupação com a educação, por força daqueles que andaram,

anos após anos, a defender o sistema público de educação, mas que são aqueles que permitem que haja

escolas públicas de educação que não funcionam, ou por falta de condições físicas ou por falta de condições

ao nível do pessoal;…

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — No seu tempo é que era bom!?…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … e também de preocupação, numa perspetiva de mais longo prazo,

em relação a uma matéria tão fundamental como é a da segurança social.

Devo dizer-lhe que, sobre tudo isto, o CDS, durante dois anos, apresentou propostas, as tais propostas

concretas que a Sr.ª Deputada Ana Catrina Mendes veio aqui exigir ao PSD. Durante dois anos, o CDS

apresentou essas propostas concretas, na Assembleia e fora dela. Mas, Sr. Deputado, a verdade é que todas

estas propostas tiveram um único destino por parte do PS, do PCP, do Bloco de Esquerda e do Partido

Ecologista «Os Verdes»: o caixote do lixo.

Porém, quero dizer-lhe que, da nossa parte, manteremos sempre, e não obstante isso, a disponibilidade para

que esses consensos, naquilo que é essencial para o País, possam fazer-se.

Sabemos que entre nós, entre os nossos partidos, esses consensos são naturais, não são artificiais, e serão

necessariamente fáceis de fazer.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe para concluir.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente, fazendo uma pergunta muito clara ao Sr.

Deputado. Gostaria de saber se o Sr. Deputado, face aos cortes que o Governo e que esta maioria têm feito em

serviços essenciais que identificou, não considera necessária uma maioria de centro-direita, de 116 Deputados,

para que, assim, o País possa ter um Governo que não olhe para o curto prazo mas para o médio e longo prazos.

Era esta a pergunta que queria deixar-lhe, Sr. Deputado.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Feliciano Barreiras Duarte, naturalmente, queria

começar por cumprimentá-lo a si e, na sua pessoa, ao seu partido pela realização do Congresso do PSD.

Queria ainda registar um primeiro conjunto de questões, que, na nossa perspetiva, resultam, com alguma

clareza, do Congresso, que, de resto, acompanhámos. De facto, resulta, com alguma clareza, daquele

Congresso a tentativa que o PSD faz, de apagamento da memória daquilo que foi a política que executou a