22 DE FEVEREIRO DE 2018
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democrático, convidou vários partidos políticos para o nosso Congresso e só houve um que não só não esteve
presente como nem sequer respondeu ao convite: foi o seu partido!
Aplausos do PSD.
O Sr. Adão Silva (PSD): — É assim!…
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Nem tem moral!
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Por isso, quando o ouvi perguntar se hoje eu e o PSD iríamos
ter coragem para falar nos cortes, não resisto a devolver-lhe esse desafio que me fez: é hoje que o Bloco de
Esquerda tem a coragem, perante todos nós, de assumir que protagoniza uma austeridade escondida? Uma
austeridade que se tem traduzido em coisas deste género: em sete hospitais, espera-se mais de dois anos por
uma consulta; há mais de 700 médicos à espera de abertura de concursos…
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — No tempo do PSD é que era bom!…
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — … e mais de 1700 doentes aguardam por cama. E poderíamos
falar dos números do investimento público, poderíamos falar de outras áreas das políticas públicas.
Não sei se os senhores já se arrependeram da circunstância política que permitiram que, pela primeira vez,
nos últimos anos, se instalasse em Portugal.
O PSD já fez esse luto, e um dos méritos deste Congresso foi precisamente esse. Mas os senhores não
queiram dizer que só estão na atual solução governativa para aquilo que acontece na satisfação das vossas
clientelas e das manifestações de rua, que, aliás, e todos nós o temos percebido, cada vez mais vão acontecer.
Portanto, muito provavelmente, já é tempo de os senhores começarem a assumir a vossa austeridade,
porque têm mentido ao País, dizendo que a austeridade acabou.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendes, quero dizer-lhe que o
Presidente do PSD, o Dr. Rui Rio, assumiu perante o País, esta semana, nomeadamente em reuniões que teve
com o Sr. Presidente da República e, ontem, durante muito tempo, com o Sr. Primeiro-Ministro, que o PSD está
disponível para, em nome da defesa intransigente dos superiores interesses de Portugal e dos portugueses,
contribuir para encontrarmos várias soluções para matérias de regime. Fá-lo em coerência, em nome daquilo
que o Presidente do PSD sempre defendeu, antes e depois de ser Presidente do PSD.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Sr.ª Deputada, permita-me que lhe diga o seguinte: não vamos
aqui falar do espetáculo das querelas internas, porque, comparativamente com as querelas internas que já se
passaram em eleições diretas no seu partido, nós somos uns meninos de coro.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Feliciano Barreiras Duarte, gostaria
também, em nome do CDS-PP, de cumprimentar o PSD pelo Congresso que realizou no passado fim de
semana, os recém-eleitos em novas funções, nomeadamente, e em particular, V. Ex.ª, e desejar as maiores
felicidades à atual direção do PSD no desempenho das funções que ora inicia.