22 DE FEVEREIRO DE 2018
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O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, agradeço os
seus cumprimentos e reafirmo aquilo que o Presidente do PSD, Rui Rio, já afirmou mais do que uma vez: para
nós, o CDS-PP é um partido político com o qual temos diferenças, mas é muito mais aquilo que nos une do que
aquilo que nos divide e orgulhamo-nos do trabalho que fizemos em conjunto, ainda recentemente, num momento
tão difícil para a nossa vida coletiva.
No que diz respeito à questão que coloca, sobre se o País precisará ou não de ter uma maioria de centro-
direita, alternativa à atual governação, pode contar com o PSD, porque é nesse sentido que trabalharemos nos
próximos meses e durante os anos de 2018 e 2019.
Sr. Deputado João Oliveira, agradeço também os seus cumprimentos, como agradeço à delegação do
Partido Comunista Português por, mais uma vez, nos ter honrado com a sua presença no encerramento do
nosso Congresso.
Quando fala da nossa memória, quero dizer-lhe que o PSD se orgulha do trabalho que tem feito nas últimas
décadas, ao serviço de Portugal e dos portugueses, desde logo na solidificação do nosso Estado de Direito
democrático, na definição de traves-mestras da nossa democracia, nomeadamente na estabilização do sistema
político, do regime político, na separação de poderes, da primeira revisão constitucional, quando acabámos com
o Conselho da Revolução e foi criado o Tribunal Constitucional e passámos a ser uma democracia de corpo
inteiro. O PSD orgulha-se ainda da opção que tomámos por Portugal pertencer à NATO, orgulha-se da opção
europeia que tomámos, orgulha-se do trabalho que fizemos quer em governos em que foi preciso tomar decisões
difíceis, quer em governos em que promovemos o desenvolvimento económico e social do País.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Muito bem!
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Aliás, como referi há pouco na declaração política que proferi, o
PSD enfrentará as próximas eleições legislativas com o objetivo claro de as vencer, como venceu as de 2015.
E temos a perfeita consciência de que os portugueses que nos deram a vitória em 2015, ao contrário do que
possam pensar, estarão muito mais atentos àquilo que tem sido a governação do Partido Socialista e,
nomeadamente, a alguns dos erros que vamos encontrando naquilo que se pode definir como uma austeridade
de outro tipo e uma austeridade escondida.
Até me apetecia perguntar ao Sr. Deputado João Oliveira se o PCP vai fazer alguma coisa, por exemplo, em
relação a matérias como a que consta de um artigo da imprensa, intitulado «O PCP exige o dobro do
investimento público». Curioso é o chamado «Governo da esquerda e das extrema-esquerdas» ser o Governo
que, nos últimos anos, comparativamente, em Portugal, menos promove o investimento público.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Essa é que é essa!
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — O que seria se isso acontecesse connosco?! Já para não falar
de outras matérias, de que não importa agora falar porque o tempo é curto.
Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, agradeço também os seus cumprimentos. Oferece-me dizer-lhe, quando
pergunta se nós nos arrependemos — perguntou-me várias vezes se nos arrependíamos disto ou daquilo —,
que há uma coisa de que estou certo: não estamos arrependidos de ter mandado embora a troica.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — É que, quando a puseram em Portugal, fomos nós que tivemos
de tratar dela.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — E eram poucos aqueles que teriam condições para o fazer e nós
tivemos a coragem para tal, não pensando nos interesses do PSD, pensando, acima de tudo, nos interesses de
Portugal e dos portugueses.