I SÉRIE — NÚMERO 55
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O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No passado dia 19 de fevereiro morreu o Eng.º Miguel Rocha Ferreira Roquette, aos 61 anos.
Miguel Roquette foi senador e dirigente nacional do CDS durante décadas, tendo exercido também funções
ao nível distrital e local em Setúbal. Desempenhou diversos cargos na Administração Pública, sempre ligado à
área do ambiente, de que sempre foi defensor.
Tendo escolhido viver em Coruche os últimos 15 anos e, em particular, dedicado à Fajarda, foi uma referência
de convicção, dedicação e compromisso com as causas que abraçou, sempre animado por um sentido de humor
e simplicidade que deixa saudade em todos os que o conheceram.
Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e amigos de
Miguel Roquette o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento».
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Srs. Deputados, vamos proceder à votação.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos à apreciação do voto n.º 489/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Alexandre Azevedo
Monteiro, apresentado pelo PSD e subscrito por um Deputado do PS, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária da
Mesa Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Faleceu, no passado dia 14 de fevereiro, com 76 anos de idade, Alexandre Azevedo Monteiro, histórico
dirigente dos TSD — Trabalhadores Social-Democratas, de que detinha o n.º 25 e foi seu presidente distrital na
Guarda durante 24 anos. À data da sua morte era ainda membro da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional
dos TSD. Estava internado desde meados de janeiro no Hospital Sousa Martins, na cidade mais alta de Portugal
e não resistiu à doença.
Alexandre Monteiro tirou o Curso Técnico Industrial na Escola Industrial e Comercial da Guarda e teve o seu
primeiro «trabalho a sério» na antiga fábrica das Indústrias Lusitanas Renault, na cidade da Guarda, onde
desempenhou funções em vários setores, desde a produção, controlo de qualidade, métodos e tempos até ao
serviço central de produção. Sobre a sua passagem por aquela unidade industrial referia-se à mesma como
sendo «um orgulho ter servido a fábrica que era a ‘menina dos nossos olhos’».
Em 1987 foi eleito Deputado à Assembleia da República pelo círculo eleitoral da Guarda, nas listas do PSD,
onde cumpriu um mandato.
Para além do seu papel incontornável ligado aos TSD — Trabalhadores Social-Democratas, na Guarda, foi
ainda, em termos partidários, membro da Comissão Política da Secção da Guarda, da Comissão Permanente
Distrital da Guarda e Deputado à Assembleia Municipal daquela cidade.
Igualmente no movimento sindical e em associações cívicas foi um exemplo em função da sua coerência,
empenho e coragem.
Em 2013, Alexandre Monteiro, que sofria de parkinson, editou o livro Memórias de um Deputado da Província
na Assembleia da República, sobre o período em que esteve no Parlamento, a fundação da fábrica da Renault
onde trabalhou, os primeiros tempos após o 25 de Abril na Guarda e outros aspetos sobre a história e
acontecimentos que marcaram aquela cidade nas últimas décadas.
Partiu um homem bom, solidário e amigo. O seu desaparecimento constitui uma grande perda para a social-
democracia, o movimento sindical, o poder local e para todos os seus inúmeros amigos que com ele trabalharam
ou conviveram. Homem simples e humilde, mas de um grande caráter e defensor de valores e princípios, era
respeitado por todos quantos com ele privavam.
À família, aos inúmeros amigos e aos companheiros dos TSD e do PSD a Assembleia da República expressa
as suas sentidas condolências».
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Srs. Deputados, passamos à votação.