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9 DE FEVEREIRO DE 2018

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O Sr. Heitor Sousa (BE): — Peço desculpa, Sr. Presidente, termino já. É que pensei que este tempo se

englobava no tempo global do nosso grupo parlamentar.

Para terminar, Sr. Presidente, quero apenas dizer que, no saldo da governação entre 2011 e 2015, foram

desencorajadas de procurar emprego mais 90 000 pessoas do que aquelas que existiam em 2011.

Portanto, em termos de grandes números sobre o emprego, Sr. Deputado Emídio Guerreiro, a pergunta que

lhe deixo é esta: por que razão o PSD tem tanta vontade de referir que isto não deve ser entendido como uma

questão ideológica…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Heitor Sousa (BE): — … quando, exatamente, o seu anterior líder, o Deputado Pedro Passos Coelho,

em 2016, se opunha ao aumento do salário mínimo para 557 €, precisamente com o argumento de que isso iria

impedir a criação de novos postos de trabalho?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para formular pedidos de esclarecimento, o Sr. Deputado Carlos

Pereira.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Emídio Guerreiro, antes

de mais, permita-me felicitá-lo pelo tema que trouxe a esta Câmara. É um tema pertinente e demonstra que, na

Assembleia da República, se devem discutir e debater não apenas as coisas que correm mal mas também as

que correm bem, e as que estão a correr bem são a economia e o emprego em Portugal.

Aplausos do PS.

É de notar que, na sua intervenção, o Sr. Deputado preferiu falar do futuro e não do presente, daquilo que

está a acontecer em Portugal e, por isso, eu gostaria de falar um bocadinho acerca do presente para lhe deixar

uma pergunta.

De facto, como o Sr. Deputado apresentou nos seus gráficos e na sua intervenção, Portugal cresce, Portugal

cresce e cresce muito. É verdade, como o Sr. Deputado disse, que há muitos países que crescem mais do que

Portugal, mas também há outros países que crescem menos, e não são poucos, são até muito significativos. Sr.

Deputado, vou dar-lhe alguns exemplos: a Alemanha, a Dinamarca, a França, o Reino Unido, a Bélgica, a Itália,

todos eles crescem menos do que Portugal.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Mas a base é muito maior!

O Sr. João Galamba (PS): — E os outros ainda cresciam muito menos do que nós!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Mas há um dado muito importante nesta relação: Portugal cresce, pela primeira

vez neste século, acima da média da União Europeia (UE). Pela primeira vez, estamos a convergir com a União

Europeia.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, há mais um dado importante que está escondido por detrás das estatísticas, que os senhores

conhecem e que, aliás, o vosso líder reconhece, o de que Portugal cresce puxado pelas exportações e pelo

investimento. Isso é, exatamente, aquilo que os senhores pedem e isso foi, exatamente, o que aconteceu, de

forma muito significativa e muito consistente. Se o Sr. Deputado analisar os dados estatísticos perceberá que,

por exemplo, as exportações bateram recordes em 2017. A quota de mercado aumentou relativamente a 2015,

manteve-se, aliás, relativamente a 2016, e a proporção das exportações no PIB é hoje histórica, são 43%. Temos

uma perspetiva de chegar aos 50% e estou certo que o PSD procurará contribuir para isso.