I SÉRIE — NÚMERO 73
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Aplausos do PS.
Vozes do PSD: — Não!…
O Sr. Primeiro-Ministro: — Acordámos a atualização e o aumento extraordinário das pensões e cumprimos;
acordámos a eliminação da sobretaxa de IRS e cumprimos; acordámos o aumento do salário mínimo nacional
e cumprimos; acordámos os manuais escolares gratuitos para o 1.º ciclo e cumprimos; acordámos a instalação
de novas unidades de saúde familiar, de mais camas de cuidados continuados, a vinculação de professores e
cumprimos; e, em 2017, aumentámos o investimento público em 25% face ao ano anterior. Tudo o que
acordámos nos três orçamentos do Estado aprovados pela Assembleia da República o Governo cumpriu.
Aplausos do PS.
Cumprimos todos os compromissos. E se os resultados são melhores é porque a política que seguimos
produz bons resultados. Por isso, também crescemos mais do que o previsto; por isso, o desemprego se reduziu
mais do que esperávamos e o défice também baixou mais do que estimávamos.
Aplausos do PS.
Se querem mesmo saber como se reduziu o défice, a explicação é simples: emprego, emprego, emprego!
Aplausos do PS.
Risos do PSD.
Emprego que poupou, em dois anos, 448 milhões de euros em subsídios de desemprego; emprego que
aumentou, nestes dois anos, 1600 milhões de euros nas contribuições para a segurança social. Ou seja,
emprego que é responsável por metade da redução do défice, a qual se deve à redução do desemprego e à
criação de mais e melhor emprego.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, no Programa de Estabilidade que agora apresentámos são revistas
as previsões do défice para os anos de 2018 e 2019, não porque o esforço de consolidação aumente mas porque
o desempenho económico e financeiro alcançado em 2017 nos deixa num novo ponto de partida.
Aliás, face à execução orçamental de 2017, o esforço em 2018 e 2019 é mesmo suavizado.
Nenhuma das medidas que aprovámos no Orçamento do Estado para 2018 será posta em causa para
cumprir a meta agora prevista. Aumentámos em 36% o investimento público; melhorámos a progressividade do
IRS; estamos a concretizar o descongelamento de carreiras; criámos a prestação social de inclusão; eliminámos
o corte de 10% no subsídio de desemprego; e alargámos a medida extraordinária de apoio aos desempregados
de longa duração, bem como aprovámos um novo aumento extraordinário das pensões.
Nenhuma, nenhuma destas medidas foi ou será sacrificada e todas estão a ser executadas.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, este bom momento não nos desvia, contudo, do essencial: preparar
o País para o futuro, através de políticas públicas que melhorem a vida dos portugueses, promovam a igualdade
de oportunidades, a coesão do território e a competitividade da nossa economia.
A redução do endividamento é uma garantia essencial de um melhor futuro para todos os portugueses.
A credibilidade da trajetória de redução da dívida é crucial para garantir a sustentabilidade do financiamento
da economia portuguesa, das famílias e das empresas, bem como dos serviços públicos, tanto no presente
como no futuro.