11 DE MAIO DE 2018
35
São 0,6% de 730 000, Srs. Deputados, os resultados da lei dos despejos. Vejam bem os disparates que
andam para aí a dizer!…
Protestos do BE e do PCP.
E, depois, há a postura do Partido Socialista, que não deixa de ser curiosa, porque, aqui, no Parlamento,
como está acossado à sua esquerda, tenta, de alguma forma, tornar o seu discurso mais esquerdizante, o que
faz com que a Secretária de Estado da Habitação e o Governo tenham de vir desmentir o Grupo Parlamentar
do PS nos jornais, vindo tranquilizar as pessoas ao dizer: «nós não temos nada contra os inquilinos, nós
queremos fazer reformas com os inquilinos».
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — E com os senhorios!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É extraordinário, Srs. Deputados, é aquilo que se pode chamar de um
verdadeiro «trapezismo» do ponto de vista político.
Protestos do PS.
Sr.ª Deputada Helena Roseta, Srs. Deputados do PS, as vossas medidas e, sobretudo, o vosso discurso
estão a trazer incerteza, estão a trazer insegurança e isso é grave porque pode retroceder-nos ao tempo do
vinculismo, ao tempo das rendas congeladas, ao tempo das cidades desertas. Aconselho-os, e creio que assim
será, a que a partir de hoje possamos fazer um debate sério, profundo, escolhendo as melhores propostas,
independentemente de onde elas venham, porque há uma lei que pode ser melhorada. Vamos trabalhar!
É essa a nossa postura, foi essa a postura do Partido Social Democrata. Ainda estão a tempo, Srs. Deputados
do PS, e fica aqui o convite para virem ter com aquilo que é a resolução dos problemas e não apenas tentar
explorar os sentimentos humanos.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Helena Roseta (PS): — Venham vocês ter connosco!
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Fica assim encerrado este debate, agendado por marcação do CDS-
PP, bem como a nossa ordem de trabalhos de hoje.
Amanhã teremos uma reunião plenária com uma agenda extensíssima, daí que recordo aos Srs. Deputados
que o Plenário se iniciará às 9 horas e 30 minutos.
São sete os pontos que teremos amanhã na nossa ordem de trabalhos, que se iniciará com um debate de
atualidade, ao abrigo do artigo 72.º do Regimento da Assembleia da República, sobre o tema da situação dos
profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde, por marcação do PCP.
O segundo ponto consiste na discussão do projeto de lei n.º 855/XIII (3.ª) — Procede à quinta alteração à
Lei-Quadro das Contraordenações Ambientais, para consagrar o princípio do não aviso prévio de ações de
inspeção e fiscalização (Os Verdes), na generalidade, e na apreciação do projeto de resolução n.º 1579/XIII (3.ª)
— Recomenda ao Governo que diligencie pela adoção de medidas que possibilitem uma maior eficiência dos
procedimentos inspetivos aos operadores económicos (PAN).
No terceiro ponto da agenda serão discutidos os projetos de resolução n.os 1436/XIII (3.ª) — Recomenda ao
Governo que proceda à regulamentação da Lei n.º 38/2004, de 18 de agosto, definindo os termos concretos em
que as entidades empregadoras privadas deverão preencher a quota de 2% de emprego de pessoas com
deficiência (PSD), 1437/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo uma avaliação da aplicação do Decreto-Lei n.º
29/2001, de 3 de fevereiro, que estabelece o sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiência, com
um grau de incapacidade igual ou superior a 60%, nos serviços e organismos da administração central e local
(PSD), 1570/XIII (3.ª) — Promoção do emprego público para as pessoas com deficiência e medidas para acesso
à formação profissional e emprego com direitos (PCP), 1581/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo a adoção de
medidas que contribuam para a melhoria da empregabilidade de pessoas com deficiência (PAN) e 1593/XIII (3.ª)