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I SÉRIE — NÚMERO 103

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Este debate assinala claramente uma linha de separação entre o Partido Socialista e a direita: onde os

senhores cortaram, nós repusemos; onde os senhores desinvestiram, nós investimos. E percebemos bem o jogo

difícil de cabra-cega que o ego e o alter ego do PSD fazem entre o grupo parlamentar e o líder do PSD.

O Sr. António Sales (PS): — Sim, sim!

O Sr. Luís Graça (PS): — Nunca sabemos qual é, realmente, a vossa posição, porque, na verdade, os

senhores acreditam na bondade das políticas de cortes e de destruições que fizeram no passado!

O Sr. António Sales (PS): — Muito bem!

O Sr. Luís Graça (PS): — Não têm é coragem de dizer aos portugueses que voltariam a fazê-lo, se tivessem,

de novo, uma oportunidade!

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Vales (PSD): — Só demagogia!

O Sr. Luís Graça (PS): — Quero terminar, Sr. Presidente, dizendo que este debate sublinha também

diferenças entre o Partido Socialista e a esquerda parlamentar. Porque se é verdade que não há SNS sem

trabalhadores, sem mais trabalhadores, nós não podemos esconder tudo aquilo que já foi feito, o muito que foi

feito nestes três anos e meio.

O Sr. Luís Vales (PSD): — E o hospital do Algarve?!

O Sr. Luís Graça (PS): — E não podemos também esconder que não haverá SNS se não tivermos as contas

públicas em dia,…

O Sr. António Sales (PS): — Muito bem!

O Sr. Luís Graça (PS): — … não haverá bons cuidados de saúde se não tivermos as contas do País em dia,

porque, no fim de tudo, serão sempre os mais fracos e os serviços públicos a pagar por não termos as contas

em dia.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Graça (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.

O ponto de equilíbrio entre o investimento na melhoria do Estado social e o equilíbrio orçamental nem sempre

é fácil, nunca foi fácil, mas hoje os portugueses sabem que, entre a política de cortes da direita e as muitas

reclamações, também legítimas, da esquerda, só o Partido Socialista tem a capacidade virtuosa de investir

simultaneamente na qualidade do SNS, sem pôr em causa as contas de Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem a palavra, também para uma intervenção, ao Sr. Deputado

João Oliveira, do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: À exceção do

PAN — que decidiu não intervir no debate, provavelmente por ter considerado outras prioridades —, todos os