7 DE JULHO DE 2018
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que baixa à 10.ª Comissão, e 1758/XIII (3.ª) — Concessão de honras do Panteão Nacional ao Presidente Mário
Soares (PS e PSD), que baixa à 12.ª Comissão.
Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues.
O Sr. Presidente: — Agradeço ao Sr. Secretário Duarte Pacheco a leitura deste expediente.
Srs. Deputados, vamos, então, verificar o quórum de deliberação para proceder à votação.
Pausa.
O quadro eletrónico regista 208 presenças, às quais se acrescenta a presença do Sr. Deputado Paulo Sá,
do PCP, perfazendo 209 Deputados, pelo que temos quórum para proceder às votações.
Vamos começar pelo voto n.º 585/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Afonso Cautela, apresentado
pelo PAN e subscrito por Deputados do PS.
Peço à Sr.ª Secretária, Deputada Sandra Pontedeira, o favor de ler o voto.
A Sr.ª Secretária (Sandra Pontedeira): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Afonso Cautela nasceu em Ferreira do Alentejo, em 1933, e foi professor do ensino primário na década de
1950. Em 1960, publicou o seu primeiro livro de poesia, Espaço Mortal, a que se seguiu O Nariz (1961). Com
Serafim Ferreira organizou a antologia Poesia Portuguesa do Pós-Guerra (1945-1965) e, com Liberto Cruz, uma
recolha de Raúl de Carvalho, Poesia (1949-1958), ambos publicados em 1965.
Ao longo da vida, exerceu aquilo a que ironicamente apelidava de “atividades de emergência”. Foi funcionário
público, bibliotecário das bibliotecas itinerantes da Fundação Gulbenkian, revisor tipográfico e livreiro, mas foi
no jornalismo que encontrou a sua ocupação principal, aquela que exerceu até à reforma, passando pelos jornais
República (de 1965 a 1968), O Século (de 1977 a 1982) e A Capital (de 1982 a 1996), onde, ao longo de 12
anos, assinou a Crónica do Planeta Terra.
Destacou-se pela autoria de inúmeros artigos sobre temas que até então não eram abordados, como a
poluição dos rios, a plantação de eucaliptos, a ocupação industrial de Sines ou a central nuclear de Ferrel,
“dezenas de reportagens sobre o ‘verde’ e o ‘negro’ deste país”, como ele mesmo chegou a descrever. Enquanto
cidadão consciente e interventivo, destacou-se, logo após a Revolução de 1974, como fundador do Movimento
Ecológico Português, onde criou e dirigiu o jornal Frente Ecológica.
Recentemente, voltou a dar livros à estampa, mas privilegiou a sua produção poética, com a publicação de
Campa Rasa e Outros Poemas (2011) e Lama e Alvorada - Poesia Reunida 1953-2015 (2017).
Apesar de desalinhado e libertário desde 2013, era filiado e militante no PAN, Partido Pessoas-Animais-
Natureza.
Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República homenageiam, assim, a memória
de Afonso Joaquim Fernandes Cautela, e transmitem à sua família, amigos e companheiros de causas as mais
sentidas condolências pelo seu desaparecimento.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Segue-se o voto n.º 589/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de José Manuel Tengarrinha, apresentado
pelo Presidente da Assembleia da República e subscrito por Deputados do PS.
Peço à Sr.ª Secretária, Deputada Idália Serrão, o favor de ler o voto.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«É com sentido pesar que a Assembleia da República assinala o falecimento de José Manuel Tengarrinha.