13 DE JULHO DE 2018
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aplaudido, aquilo onde queremos investir cada vez mais e que está no discurso de todos os grupos
parlamentares: apoiar a inovação e o empreendedorismo.
Portanto, este é um modelo novo de negócio, é uma atividade nova, merece uma lei nova e o legislador deve
estar alinhado com as características deste novo negócio, ou seja, tem de aplicar aquilo que procura aplica a
tudo o que o diz respeito à Administração. Ninguém, aqui, é contra o Simplex, ninguém é contra a simplicidade,
mas, ao mesmo tempo, todos nós gostamos que haja segurança jurídica,…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … segurança de serviço, certeza jurídica, que haja defesa do consumidor
e que os organismos do Estado sejam capazes de fiscalizar e de atuar de acordo com aquilo que são as suas
competências.
Assim, deve proteger-se o negócio e o prestador de serviço, bem como o consumidor dessa mesma
atividade. Aliás, tal está expresso no veto do Sr. Presidente da República.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que nos diz o veto? Diz-nos que, ainda assim, há pontos de contato
com um setor, se assim quisermos chamar-lhe, tradicional — eu não gosto do termo, pois pode parecer que não
é importante, que não é sério, que é despiciente, mas não, é um setor importante da atividade económica
nacional —, o setor do táxi. Portanto, precisamos de saber o que se pode fazer naqueles pontos em que há
contatos. Eu sou de opinião que não devemos dar menos às plataformas, devemos é dar mais ao setor do táxi.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — E como queremos dar mais ao setor do táxi, o CDS fez exatamente isso,
deu também uma resposta, por antecipação, àquela que era uma das dúvidas do Sr. Presidente da República.
Ao mesmo tempo que resolvemos um problema novo relativo a uma atividade nova, vamos dar também mais
ao setor do táxi. Mas, como não conseguimos fazer ambas ao mesmo tempo, elaborámos um projeto de
resolução, muito antes do veto do Sr. Presidente. Aliás, o veto é do dia 30 de março de 2018 e, no dia 22 de
março de 2018, o CDS agendou e discutiu um projeto de resolução exatamente para preencher, por antecipação,
a dúvida do Sr. Presidente da República, isto é, é preciso tratar, ao mesmo tempo, os pontos em que os
problemas coincidem.
Por isso, fizemos propostas no sentido de: criar tarifas específicas para serviços noturnos ou para
determinadas datas do ano — e cá estão as tarifas flexíveis; criar um tarifário duplo para viaturas com mais de
quatro lugares; densificar o conceito de táxi letra T e de táxi letra A, que existem, mas que não tratámos nem
numa legislação nem noutra, nem mesmo na lei do táxi, que é matéria de que devemos também tratar; encarar
a possibilidade de os empresários do setor poderem suspender a licença por um período de 12 meses,
contornando aquela que é, eventualmente, uma dificuldade do mercado.
Mais: propusemos também concretizar um plano sustentável de aquisição de viaturas «amigas do ambiente»
— lembre-se que outro grande desígnio do Governo e da geringonça, e, já agora, nosso também, é a redução
das emissões de CO2 —, pois o setor merece, de facto, modernizar a frota, e este é mesmo um dos fatores que
pode ajudar a melhorar o clima de concorrência; proceder à melhoria das condições das praças de táxis,
estabelecendo-se padrões mínimos de condições para os utentes e para os profissionais; e até, porque os táxis
funcionam, esses sim, como verdadeiro serviço público em zonas do País onde ainda não há Uber, criar um
benefício, com desconto até 10%, para pessoas que estão isoladas e que pretendam deslocar-se,
nomeadamente para tratamentos de saúde.
Portanto, fizemos a nossa parte, falta o Governo fazer a sua. Foi agora anunciado que o Partido Socialista
fará uma intervenção a seguir, e eu fico à espera que, finalmente, o Governo cumpra a sua parte, traga aqui as
propostas e acolha, ou não, as propostas do CDS.