14 DE JULHO DE 2018
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Infelizmente, são muitos os exemplos em que este Governo falha à palavra dada.
O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Veremos!
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Este não é, seguramente, o Portugal que o Partido Social Democrata quer
para os portugueses. Defendemos um caminho diferente, uma alternativa de rigor, de responsabilidade e de
verdade, bem distinta da atual pseudossolução governativa. Não criamos falsas expetativas aos portugueses,
nem prometemos o que sabemos não poder cumprir. Também não defendemos que o Estado seja um fim em
si mesmo, cada vez mais voraz, que é preciso alimentar. Um Estado que quer intervir em tudo não para regular,
mas para controlar. Não queremos um Portugal estatizado, nem uma sociedade guiada por ideias coletivistas.
Acreditamos no valor das pessoas acima de todas as coisas! Esta é uma regra que está no nosso ADN, esta é
uma regra nossa!
Aplausos do PSD.
Por isso, teríamos reduzido a dívida pública, que se constitui como uma verdadeira bomba-relógio,
principalmente em piores tempos que virão certamente;…
O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Nunca o fizeram no Governo!
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … teríamos tomado medidas para fomentar a competitividade fiscal, a
benefício da economia e do investimento, de que tanto o País precisa; teríamos avançado na reforma da
segurança social, área onde, em nome da dignidade das pessoas, é urgente intervir, e quanto mais tarde isso
for feito piores e mais irreversíveis poderão ser as consequências;…
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … teríamos, como, aliás, o fizemos como partido de oposição, o que é a
grande demonstração da ineficácia deste Governo, avançado para uma estratégia, com fixação de objetivos e
definição de medidas na área da demografia, pois Portugal é um dos países europeus onde as taxas de
fecundidade e de natalidade são mais baixas.
Este é um conjunto de medidas indispensáveis para o País em domínios estratégicos e estruturantes para o
futuro, mas nada disto o Governo fez!
Para terminar, vivemos um momento de anestesia nacional, fruto da propaganda do Governo, mas chegará
o dia — e não levará muito tempo! — em que se perceberá que esta foi uma oportunidade perdida.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Este último ano legislativo não teve nada de «saboroso», Sr. Primeiro-
Ministro, este foi um ano especialmente amargo para todos os portugueses!
Aplausos do PSD, de pé, e de Deputados do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado Fernando Negrão, inscreveu-se, para pedir
esclarecimentos, o Sr. Deputado António Sales.
Apesar de o Sr. Deputado não dispor de tempo para responder, o Sr. Deputado António Sales pretende pedir
esclarecimentos, pelo que tem a palavra.
O Sr. António Sales (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro e demais Membros do Governo, Sr.as e
Srs. Deputados, Sr. Deputado Fernando Negrão, o senhor gastou três quartos da sua intervenção a falar do