I SÉRIE — NÚMERO 106
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assimetrias entre regiões ou encontrar respostas do Estado para solucionar os problemas da saúde, da
educação, da pobreza, da violência e da intolerância, das desigualdades sociais e económicas, enquanto não
fizermos a mudança de paradigma de como vivemos, produzimos, consumimos e gerimos os recursos comuns.
O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Edite Estrela, do Grupo
Parlamentar do PS.
A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e
Srs. Deputados: O mundo está perigoso.
É esta a opinião de 60% dos inquiridos num estudo da Fundação Global Challenges, divulgado esta semana.
De facto, há cada vez mais conflitos armados, acentuam-se as desigualdades entre países, os problemas
ambientais agravam-se, o terrorismo é uma ameaça permanente e, como se isto não bastasse, há líderes que,
em vez de promoverem o equilíbrio mundial, geram instabilidade e tensão.
A cooperação multilateral parece obedecer a uma nova ordem mundial; as tradicionais alianças já não são o
que eram.
Assim vai o mundo, e a Europa não vai melhor.
Onde antes havia políticas de coesão e solidariedade, surgem agora egoísmos nacionalistas e, até,
desrespeito pelos direitos humanos. O discurso de Estado foi substituído pela demagogia, onde medram os
extremismos e o populismo. A União está dividida em matérias essenciais, de que o drama dos refugiados é o
exemplo mais visível. Também na Europa há uma crise de lideranças.
Já Einstein afirmava que «o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o
mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer».
Neste contexto internacional, Portugal é considerado um porto de abrigo. É essa a imagem do nosso País lá
fora e é essa a opinião maioritária cá dentro, segundo dados do Eurobarómetro e de centros de estudos de
opinião.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS):— Muito bem!
A Sr.ª Edite Estrela (PS): — As estatísticas confirmam que Portugal está melhor — como, aliás, já foi aqui
referido em várias intervenções — e tudo isto, todo este crescimento económico, redução do desemprego, etc.,
a par da reposição dos rendimentos e da consolidação das contas públicas, foi feito em pouco mais de dois
anos.
Este bom caminho tem de ser continuado com renovada ambição. Seria grande irresponsabilidade pôr em
causa o muito que se conseguiu.
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Como disse recentemente o Sr. Primeiro-Ministro, «quando se está no bom
caminho, não se muda de caminho».
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Portugal granjeou admiração e respeito a nível internacional, porque mudou de
rumo, porque virou a página da austeridade, porque promoveu o crescimento económico, porque consolidou as
contas públicas, porque respeitou os seus compromissos internacionais.
Também por isso, temos de continuar este caminho, para fazer mais e melhor, para garantir bem-estar às
portuguesas e aos portugueses, para que os nossos jovens se possam realizar profissionalmente e contribuir
para o progresso do País e para continuarmos a ter mais crescimento, melhor emprego e mais igualdade, para
termos um Portugal ainda melhor!
Aplausos do PS.