14 DE JULHO DE 2018
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alternativa que luta pela liberdade de escolha de cada um e de cada família. Uma alternativa que respeita o
setor social, num verdadeiro Estado social de parceria.
Uma alternativa que assume, com seriedade e profundidade, a questão demográfica, do apoio à natalidade,
ao envelhecimento ativo e à proteção da vida, da família e dos mais idosos. E espanto-me, Sr. Primeiro-Ministro,
que nos 26 minutos do seu discurso, a natalidade ou a demografia não tenham tido sequer uma referência.
Paixões curtas, estas, do Partido Socialista.
Uma alternativa que entende o interior do País e a coesão territorial como um ponto absolutamente prioritário,
a ver à luz das alterações climáticas e da escassez de água. Coesão de um território que inclui apostar na
agricultura e dar prioridade à concretização no mar.
Uma alternativa que olha de frente para as oportunidades e para os riscos da nova economia digital e prepara
o País para agarrar as oportunidades, por um lado, e acautelar os riscos, por outro, protegendo e não deixando
ninguém para trás.
Uma alternativa que trata todos, nacionais ou imigrantes, como pessoas plenas, que não toma ninguém como
instrumento para suprir carências da nossa sociedade e apresenta rigor na entrada e humanidade na integração,
tendo sempre presente os nossos emigrantes e como tantas vezes gostaríamos que tivessem sido acolhidos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Claro, empurraram-nos para lá!
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — No CDS, trabalhamos arduamente para construir essa alternativa,
todos os dias, aqui e na rua, percorrendo todo o País, ouvindo com atenção, percebendo as razões de todos
nós, portugueses. E mantendo o nosso rumo claro de política positiva como, de resto, demonstrámos
abundantemente nesta Sessão Legislativa. Por cada denúncia, uma proposta. Por cada crítica, uma alternativa.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Por cada frase, um slogan.
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — E refiro apenas três pacotes legislativos: com iniciativas consistentes
para a educação, mais uma vez rejeitadas; a celeridade da justiça, há mais de quatro meses à espera das
propostas dos demais partidos ou, ainda na semana passada, na apresentação de mais um conjunto consistente
de propostas, desta vez de fiscalidade mais benéfica para o interior do País. Isto, sem falar em inúmeras
iniciativas legislativas, a maior parte delas rejeitadas, mas algumas com sucesso, como a transparência nas
cativações, a revelação da lista de devedores da banca quando há apoio de dinheiros públicos ou várias medidas
na área da deficiência ou a lei dos direitos dos doentes em fim de vida.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No CDS, continuaremos o nosso rumo, com propostas estudadas,
sérias e consistentes, da demografia à saúde, da justiça ao clima, da agricultura à água, do interior ao mar. Até
ao último minuto desta Legislatura, seremos uma oposição acutilante ao Governo das esquerdas encostadas.
Uma oposição construtiva, construtiva de uma alternativa que não remetemos para o futuro oportuno, mas que
se vai revelando a cada mês, a cada pacote legislativo, a cada projeto, em cada momento, dando sempre, mas
sempre o nosso melhor.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Nós temos é medo do vosso melhor!
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — E não duvidem, por um segundo que seja, da força das nossas
convicções. Portugal precisa de uma alternativa ao socialismo e o CDS está, convictamente, na linha da frente
da construção dessa alternativa.
Aplausos do CDS-PP, de pé.
Entretanto, reassumiu a Presidência o Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, do
Grupo Parlamentar do PCP.