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I SÉRIE — NÚMERO 106

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Este é o seu Governo. É o Governo que falha no dia a dia de todos nós, Portugueses. É o Governo que falha

no que é visível todos os dias aos olhos de todos nós. Falha, ironicamente, nas áreas que sempre reclamou

como exclusivas da esquerda, da saúde à educação, da cultura às políticas sociais.

Aplausos do CDS-PP.

É o Governo da impreparação, de Tancos, que continua por esclarecer — e não esquecemos. Há o drama

dos incêndios, que estão bem vivos na nossa memória. Há a decisão das 35 horas, que retirou milhares de

horas de assistência aos doentes.

É o Governo das habilidades. É o Governo que acha que pode passar por cima de tudo e de todos, que

aprova acordos na concertação social para os quais não tem maioria parlamentar, que promete uma neutralidade

fiscal nos combustíveis — e, agora, afinal desmascarado o esquema, vem dizer que o imposto é verde —, que

coloca na lei compromissos que, depois, não cumpre com os professores.

É o Governo das contradições. Ao mesmo tempo que quer políticas para rendas acessíveis, coloca os seus

imóveis a arrendar a preços elevados. Ao mesmo tempo que tem parceiros a pedir a renegociação da dívida,

não faz voz grossa em Bruxelas a exigir tratamento favorável nas condições da dívida. Ao mesmo tempo que

diz combater a precariedade, aumenta os precários no Estado.

É o Governo das trapalhadas e das fragilidades. Com membros do Governo a assumirem que «todos são

Centeno», outros simplesmente inexistentes, quando faltam a negociações incontornáveis com os professores,

outros, ainda, incapazes de compreenderem o seu próprio papel, quando assinam um manifesto contra si

próprios. Outros que demonstram total inabilidade para obter bons fundos comunitários para a agricultura ou

para a coesão.

É o seu Governo, Sr. Primeiro-Ministro, do seu Partido Socialista, das suas esquerdas encostadas.

Aplausos do CDS-PP.

Sr.as e Srs. Deputados, é preciso uma alternativa política, não socialista, em Portugal. No CDS, estamos a

construir essa alternativa, porque é evidente que este modelo está esgotado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — O PSD que se cuide!

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Se o socialismo fosse bom, se o comunismo fosse bom, se o

trotskismo fosse bom, nós não teríamos chamado o FMI (Fundo Monetário Internacional) por três vezes em 40

anos.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — E o fascismo, foi bom?! Diga lá!

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Precisamos de sair deste modelo socialista. Estamos a construir uma

alternativa que acredita na iniciativa das pessoas, no seu trabalho, no seu esforço. Uma alternativa que confia

nas empresas, na sua capacidade de gerar riqueza e emprego. Uma alternativa que sabe que, para termos um

Estado generoso e sustentável do ponto de vista social, precisamos de ter uma política económica com liberdade

económica. Uma alternativa que acredita no mérito, no rigor, na avaliação, quer no público quer no privado. Uma

alternativa que não quer eliminar a riqueza, mas a pobreza, e que, por isso, se empenha na igualdade de

oportunidades. Uma alternativa que acredita numa Europa de Estados e de nações e na liberdade económica.

Uma alternativa que não olha para as pessoas como grupos eleitorais, uma alternativa que não contemporiza

com partidos que apoiam ativamente ditaduras.

Aplausos do CDS-PP.

Uma alternativa que não sonha com um bloco central de interesses, o eterno Tratado de Tordesilhas da

política portuguesa. Uma alternativa que não ambiciona a população toda empregada no Estado. Uma

alternativa que não desconfia do lucro. Uma alternativa que considera a natalidade uma questão maior. Uma