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I SÉRIE — NÚMERO 106

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O caminho que escolhemos é o que nos

permitirá cumprir a ambição de termos mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade. E é também um

caminho que prepara o País para o futuro através de políticas que melhorem a vida dos portugueses e que

promovam a igualdade de oportunidades, a coesão do território e a competitividade da nossa economia.

Muito foi conseguido nestes dois anos, mas há muito ainda por fazer. É focados no muito que temos pela

frente que continuaremos motivados e determinados a percorrer o caminho que iniciámos, sem recuos, nem

ficar a marcar passo, progredindo, passo a passo, com a mesma confiança.

Aplausos do PS, tendo os Deputados Ascenso Simões e João Galamba aplaudido de pé.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos iniciar a primeira volta de pedidos de esclarecimento.

Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do PSD, o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. AdãoSilva (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-

Ministro, V. Ex.ª, durante cerca de 26 minutos, não falou ao País real, não falou do País real e não falou do País

das pessoas. E, por isso, percebemos que a própria bancada do Partido Socialista tenha sido tão frouxa nos

aplausos que lhe devia ter dirigido.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, o ano parlamentar que agora termina foi mau para os portugueses, deixa os

portugueses mais frágeis, mais desamparados.

Por exemplo, o Sr. Primeiro-Ministro não falou na questão dos incêndios e escassamente falou na questão

da saúde.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Escassamente?!

O Sr. AdãoSilva (PSD): — O Governo não protegeu os portugueses nestas situações mais básicas.

Verdadeiramente, aquilo que fica é que também a geringonça está num exercício de desmantelamento:

antes, eram reversões e todo o contentamento que daí advinha; agora, Sr. Primeiro-Ministro, embora se

esforçasse para tentar motivá-los, já lá não vai, eles estão aos encontrões. Os senhores estão aos encontrões

uns com os outros, como, aliás se vai ver neste debate, e isso não é bom para o País.

Protestos do PS.

A pergunta é: porquê? Sr. Primeiro-Ministro, acho que V. Ex.ª está a ser inábil, o Governo está a ser inábil,

para usar as suas palavras, porque há seis meses disse, aqui, no Parlamento, quando falou sobre o Infarmed –

e eu quero falar sobre saúde –, reconheceu que o Governo foi inábil.

E já que quero falar de saúde digo-lhe o seguinte: o senhor tem há 20 dias na sua mão um relatório da

possível, ou não, transferência do Infarmed para o Porto. Há seis meses, V. Ex.ª disse nesta Casa, por cinco

vezes, que ele ia para o Porto. Sr. Primeiro-Ministro, diga-nos lá: afinal, o Infarmed vai ou não para o Porto? O

senhor cumpre, ou não, a sua palavra?

Mas quero falar-lhe ainda mais sobre saúde, porque, Sr. Primeiro-Ministro, a questão da saúde é, para nós,

muito preocupante. É que eu acho, e o PSD acha, que o Governo, com o apoio da geringonça, está a mutilar, e

vou repetir, está a mutilar o Serviço Nacional de Saúde.

O Serviço Nacional de Saúde é, realmente, um instrumento notável de coesão territorial e de coesão social,

é um instrumento notável de solidariedade, de dignidade das pessoas, de combate às desigualdades e, no

entanto, Sr. Primeiro-Ministro, o Serviço Nacional de Saúde está destroçado com as vossas políticas.

Quem o diz são os profissionais que estão desalentados; quem o diz são as listas de espera nas cirurgias e

nas consultas, que não param de crescer;…