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I SÉRIE — NÚMERO 106

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Mas também são resultado dessas opções o crescimento do investimento privado na economia portuguesa

e o crescimento do emprego, essas 300 000 pessoas que não tiveram de ir para o estrangeiro procurar as

oportunidades que, felizmente, hoje, o País lhes oferece.

Aplausos do PS.

Portanto, é lógico concluir que as medidas tomadas pelo Governo em matéria de capitalização das empresas

e da banca, facilitando a relação dos cidadãos e das empresas com a Administração, apostando na inovação e

no conhecimento, criaram as bases para que aquele crescimento económico não fosse apenas conjuntural mas

fosse sustentável.

Esta estratégia, Sr. Primeiro-Ministro, sempre se caracterizou pela prudência, pela preocupação com a

sustentabilidade das finanças públicas, pela consciência de que, perante recursos escassos, é necessário fazer

escolhas difíceis.

Sr. Primeiro-Ministro, sabemos que não foi agora que o Governo descobriu que não há recursos para tudo.

Essa atitude sempre esteve presente nas escolhas deste Governo desde o início da Legislatura…

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Já não se lembra do que disse em campanha eleitoral?

O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — … e o que mudou, Sr. Primeiro-Ministro, foi que uma parte deste

Parlamento passou, em poucos anos, da atitude de «não há dinheiro para nada. Qual das palavras é que não

percebeu?» para uma atitude em que há recursos para tudo, se pode fazer tudo, como se o Maná tivesse

começado a cair sobre o território nacional.

Aplausos do PS.

E é particularmente curioso, Sr. Primeiro-Ministro, este novo discurso sobre o investimento público. É que foi

mais de uma década a diabolizar o investimento público, e esse discurso de diabolização do investimento público

teve consequências nas infraestruturas que temos, ou melhor, teve consequências nas infraestruturas que hoje

não temos, e, agora, em vez dessa diabolização, temos esta paixão redescoberta em que, verdadeiramente, há

recursos para fazer todos os investimentos que não foram feitos em quatro anos. Todos os investimentos que

permitissem ao País ultrapassar o atraso de décadas teriam de ter sido feito em dois anos e meio!

Aplausos do PS.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, neste momento, queria exortar o Governo a continuar aquelas duas opções

fundamentais: continuar a governar com responsabilidade e com sustentabilidade, porque sabemos, e o País

sabe, que o Governo assegura essa sustentabilidade e essa consciência do País é fundamental para os

indicadores de confiança e para os indicadores do clima económico.

Mas também queria exortar o Governo a que continue a assegurar aqueles investimentos que façam com

que este crescimento continue no futuro e que, no futuro, seja melhor a vida dos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Rocha Andrade, acho que fez uma boa

descrição daquilo que tem sido a evolução da oposição, nomeadamente do PSD.

Aliás, o líder do PSD, esta semana, disse uma frase bastante reveladora: «não vivemos nenhum milagre

económico». Aí, percebi o que é que mudou com a liderança do PSD. O anterior líder jurava pelo Diabo, o atual

exige-nos um milagre.

Protestos do PSD.