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14 DE JULHO DE 2018

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executar, pondo-a a salvo de qualquer crise externa que possa surgir, que não desejamos mas que não sabemos

se pode ou não surgir e, nessa altura, pode ser tarde para emendar.

Por isso, vamos continuar a fazer aquilo que temos vindo a fazer, continuando a melhorar os rendimentos, o

investimento nos serviços públicos e as prestações sociais. É assim que temos acordado e é assim que iremos

fazer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, depois de 30 minutos de discurso

que variou entre uma espécie de propaganda e um exercício de autojustificação, convém voltar à realidade.

A realidade, Sr. Primeiro-Ministro, é que discutimos, hoje, o estado de uma Nação cativa das cativações de

Mário Centeno…

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

… e da austeridade cada vez mais mal disfarçada desta maioria.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Uma Nação e um Governo que em vez de governar, governa-se; em

vez de decidir, adia; em vez de resolver os problemas dos portugueses, vai tentando resolver os seus problemas,

como ainda agora ouvimos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Uma Nação que vive numa dupla austeridade e sem troica, onde se

cobram taxas e taxinhas sobre tudo e que tem a maior carga fiscal desde que há registo:…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … 34,7% do PIB, 67 000 milhões de euros em impostos e contribuições

sociais, só no ano passado!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É o fim da austeridade!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Uma Nação com cativações, que encerra transportes, que fecha

escolas porque não há auxiliares, que adia exames porque não há professores, que fecha esquadras para ter o

mínimo de polícias na rua e que, na saúde, vive uma situação de verdadeira rutura.

Uma Nação em que o estado do seu Governo é verdadeiramente um estado de negação.

Diz o Ministro da Saúde, Sr. Primeiro-Ministro, que há um «empolamento sistemático», e estou a citar, «de

situações pontuais».

Sr. Primeiro-Ministro, dou-lhe 10 exemplos, apenas 10, desses «empolados casos pontuais» que ocorreram

nos últimos 10 meses: enfermeiros denunciam caos na urgência de Guimarães; urgência pediátrica de Évora

em rutura; Hospital de Setúbal com doentes em macas nos corredores da urgência; em Viseu, médicos e

coordenadores pedem demissão; no São João do Porto, crianças com cancro são tratadas nos corredores; no

São João de Lisboa,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não há São João em Lisboa!