14 DE JULHO DE 2018
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O Sr. João Oliveira (PCP): — E os lucros da Galp? Não tem nada a dizer sobre isso?
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — E a devolução de ativos que os senhores votaram? Não têm nada a
dizer sobre isso?
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … que sofreram o mesmo tipo de ajustamento que Portugal e que
estão a crescer muito mais do que nós. De resto, tem de se virar a primeira página dos países que mais
cresceram para encontrar Portugal. Só temos 20 países à frente do «País das maravilhas de António Costa»!
O Sr. João Oliveira (PCP): — E os lucros da Galp?!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, a minha pergunta é muito clara: quando
é que a Nação deixa de contar com um Governo em estado de negação e passa a contar com um Governo que
trate da Nação?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Dos lucros da Galp, zero! Já percebemos que os lucros da Galp são flores na
lapela!
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, vejo que V. Ex.ª ficou cativo no
ano de 2016 e não deu conta de que o ano de 2018 foi mesmo o ano record das descativações orçamentais.
Aplausos do PS.
Protestos da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.
Mas o que é absolutamente extraordinário, devo dizer, é a conversão do CDS! Recordo-me do que a direita
e o CDS diziam, há três anos, quando chegámos ao Governo. O discurso era assim: «lá vem o socratismo de
novo, lá vem a desgraça;»…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … «é só investimento público, é só aumento de prestações sociais, é só gastos
com os serviços sociais; e, depois, lá vamos nós para a bancarrota e lá vem o diabo». Ah, não, o diabo era a
parte do PSD, porque os senhores, nessa matéria, são laicos.
Protestos do CDS-PP.
Esse era o vosso discurso!
Três anos depois, vejo que são os campeões do investimento público! Ninguém deseja mais investimento
público do que o CDS.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É só o que o senhor prometeu!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Sr. Deputado, há uma coisa que gostaria de lhe repetir, que é a seguinte:
o sucesso da execução orçamental não tem assentado nas cativações. O sucesso da execução orçamental tem
resultado do sucesso da economia e, em particular, do crescimento do emprego. Isso é o que tem permitido
uma consolidação sustentável da nossa estratégia orçamental.