14 DE JULHO DE 2018
11
Sr. Deputado, os números não enganam: entre 2011 e 2015, a despesa do Estado com saúde baixou de 6,9
para 5,9% do PIB. Foi um ponto de PIB que os senhores cortaram de investimento na saúde dos portugueses.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Agora, Sr. Deputado, estamos a fazer um esforço muito grande de recuperação desses anos de
desinvestimento e é por isso que este ano há um aumento da despesa de 700 milhões de euros.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Veremos, veremos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — A despesa de investimento neste ano aumenta 50%!
Protestos do PSD.
É por isso que estamos a contratar 7000…
Protestos do PSD.
Srs. Deputados, oiçam! Se os Srs. Deputados ouvissem percebiam melhor o que se passa no País.
É que a gravidade do que aconteceu naqueles quatro anos fica bem evidenciada…
Protestos do PSD.
… pelo facto de, depois de termos já contratado mais 7900 profissionais, continuarmos a necessitar de
contratar mais profissionais, porque continuam a haver carências, e continuarmos a necessitar de fazer mais
investimento para pagar o desinvestimento que foi feito, e é esse o esforço que temos feito e é esse o esforço
que iremos continuar a fazer.
Protestos do PSD.
Sr. Deputado, há uma coisa que os portugueses sabem bem: com os Governos do PS criou-se o Serviço
Nacional de Saúde e melhorou-se o Serviço Nacional de Saúde e com este Governo acontecerá exatamente o
mesmo.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Fernando Rocha Andrade.
O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:
Sr. Primeiro-Ministro, olhando para os resultados da economia portuguesa, só podemos tirar a conclusão de que
a estratégia económica apresentada pelo Governo há dois anos e meio e a fórmula política parlamentar que foi
conseguida para suportar essa estratégia deu resultados. Uma estratégia que se baseou, por um lado, numa
devolução de rendimentos, para contrariar a conjuntura e permitir a recuperação do crescimento económico, e,
por outro lado, na criação das condições estruturais para que esse crescimento económico fosse sustentável.
Quando vemos a redução de défice orçamental para níveis historicamente baixos, a redução continuada do
peso da dívida pública, o aumento do rendimento disponível das famílias e a redução da pobreza sabemos que
são resultados dessas opções.