I SÉRIE — NÚMERO 7
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O Sr. António Filipe (PCP): — Graças ao CDS!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … podíamos aproveitar para fazer o mesmo, mas contentamo-
nos em ficar em 19.º lugar, sabendo que Finlândia, Croácia, Holanda, Espanha, Áustria, Eslováquia, Bulgária,
Lituânia, Hungria, Chipre, República Checa, Letónia, Polónia, Estónia, Eslovénia, Malta, Roménia e Irlanda,
todos cresceram mais do que nós.
O Sr. João Galamba (PS): — Já era assim!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado João Almeida.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O Sr. Deputado acha que é bom todos estes países terem
crescido mais do que nós?!
Aplausos do CDS-PP.
Devíamos agradecer-lhe, Sr. Deputado?! Devíamos agradecer-lhe por termos todos estes países a
crescerem mais do que nós?!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, só para terminar, queria dizer que nós não
governamos para fazer propaganda, nós governamos para atingir resultados e, olhando para os vossos, eles
são muito maus.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr. Deputada
Mariana Mortágua.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, registamos as preocupações do Deputado João Almeida
com as negociações orçamentais. Elas são muito importantes e devem ser alvo de preocupação, porque são as
negociações que decidem como e quanto é que vai descer a conta da luz, quanto e quando é que vão aumentar
as pensões, como e quanto é que será possível aumentar os vencimentos dos funcionários públicos, onde e
quanto é que as famílias vão conseguir poupar com os passes sociais.
Há divergências, é verdade, no «como», no «quando», no «quanto». Há divergências, mas são públicas. É
assim a disputa política. É assim o combate político de quem quer resultados, de quem quer responder às
necessidades das pessoas.
É bem diferente daquela disputa política, daquele conflito político, da encenação de quem quer mais poder,
de quem quer um lugar melhor no Governo. E nós temos, infelizmente, na nossa história política, exemplos
desses momentos.
A 2 de julho de 2013, o Ministro Gaspar demite-se depois do falhanço do brutal aumento de impostos. Passos
queria nomear Maria Luís Albuquerque para Ministra das Finanças e o CDS não gostava da ideia. Na altura,
Paulo Portas demitiu-se com divergências políticas profundíssimas com a política orçamental e com a política
da nova Ministra das Finanças.
Protestos da Deputada do PSD Inês Domingos.
Veja lá que foi de tal forma que disse que a demissão era irrevogável e, na altura, os Ministros João Almeida
e Assunção Cristas não foram à tomada de posse da Ministra das Finanças.
A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — O que é que isso tem a ver?!