I SÉRIE — NÚMERO 13
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O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — Estas são as soluções coerentes e consistentes da nossa
geringonça!
Mas o PSD também tem uma posição sobre isto.
Vozes do PS e do PCP: — Ah!…
O Sr. BrunoDias (PCP): — Já estava a ficar com uma camada de nervos!
O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — O PSD, para alegria da geringonça, só tem uma posição, não tem
três. A nossa posição é a seguinte: se há uma atividade que é social e economicamente relevante, se existe,
não pode passar à margem da lei. E nós, Sr. Deputado Heitor de Sousa, contribuímos decisivamente para que
esta Lei fosse regulamentada dizendo, aliás, que as plataformas são de transportes. Recordar-se-á disso!
A Sr.ª FátimaRamos (PSD): — Muito bem!
O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — Mais: o PSD, além de fazer o seu trabalho, vai ter de fazer o trabalho
do Governo, porque, se o Governo não apresenta — e é a ele que compete fazer isso — a nova lei do táxi, o
PSD assume a responsabilidade de trazer o tema a debate, porque não vamos enganar os taxistas.
O Sr. BrunoDias (PCP): — Já enganaram!
O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — E responder aos taxistas não é revogar a Lei, é atualizá-los e dar-
lhes condições para que possam concorrer de igual para igual, com as qualidades e as vantagens das
plataformas.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — De igual para igual?!
O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — Não é revertendo, não é anulando, não é «parando o vento com as
mãos», é ajudando a que se atualizem.
A Sr.ª FátimaRamos (PSD): — Claro!
O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — Se quiserem continuar a ser enganados, podem continuar; nós
vamos fazer o nosso papel.
Caso haja dúvidas, daqui se percebe que o PSD votará contra estas iniciativas.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Costa,
do PS.
O Sr. HugoCosta (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Depois deste momento de autocrítica do
PSD e também desta fulanização no debate através da intervenção do Bloco de Esquerda, recentremo-nos nos
pontos em discussão.
Este debate representa mais uma oportunidade para discutirmos a mobilidade urbana e as novas formas de
mobilidade, nomeadamente a vertente jurídica da atividade de transporte individual e remunerado de
passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica. Estamos, mais uma vez, neste
debate.
Recordo o processo legislativo que conduziu à Lei n.º 45/2018, de 1 de agosto, que é, certamente, um dos
diplomas mais debatidos e participados nesta Legislatura.