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I SÉRIE — NÚMERO 19

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O Governo do PS, com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, privatizaram a TAP há três anos, porque

era uma empresa estratégica para Portugal. Reverteram isso, mas pergunto, Sr. Primeiro-Ministro: não será

estratégico para Portugal unir o País e tratar com toda a dignidade a população da Madeira?!

Protestos do PS.

Claro que é! Só para os senhores é que não tem sido!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Ricardo Bexiga, do Grupo

Parlamentar do PS.

O Sr. Ricardo Bexiga (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Caros Deputados e Caras

Deputadas, estar a analisar o Orçamento do Estado e os resultados obtidos destes três anos de Legislatura

apenas com obras pontuais é extremamente redutor.

O que, de facto, temos de analisar são os resultados obtidos por estes três anos de política em que o

Orçamento apresentado por este Governo para 2019 é apenas a consolidação de um percurso iniciado que

trouxe mais confiança, mais desenvolvimento e, sobretudo, um País mais confiante em si mesmo e que está

preparado para os desafios do futuro.

A reação dos Deputados do PSD e do CDS tem algo de patológico. Há recusa em analisar a realidade e há

recusa em aceitar os dados estatísticos que hoje provam claramente a todos nós que temos um País com mais

crescimento, com uma economia mais forte e, sobretudo, um País mais coeso.

As críticas do CDS e do PSD reconduzem-se sempre àquele chavão que, ao longo destes três anos, nos

temos habituado a escutar: que os resultados económicos da política deste Governo são meramente

conjunturais.

Ora, se analisarmos os dados estatísticos que são, hoje, claros, o que temos é um País profundamente

diferente, um País que, estruturalmente, tem uma capacidade de responder aos desafios que tem pela frente,

de forma totalmente diferente da que tinha quando saímos do Governo da troica.

Basta analisar, por exemplo, os dados do emprego e verificarmos como hoje temos, claramente, uma

estrutura económica que tem, quase que do ponto de vista de pleno emprego, uma meta fácil de obter para o

futuro. E isso é conseguido, fundamentalmente, através da força do investimento público, mas também da força

do apoio deste Governo às empresas.

Assim, gostaria de destacar, por exemplo, o investimento feito no apoio às empresas de cerca de 9000

milhões de euros, o que levou a que, hoje, as empresas portuguesas estejam num nível da cadeia de valor

capaz de ser competitivo com todas as empresas europeias.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Ricardo Bexiga (PS): — Também do ponto de vista de investimento no quadro da coesão, hoje temos

um País mais coeso e quando hoje falamos de obras, seja no âmbito das infraestruturas rodoviárias seja no

âmbito das infraestruturas do caminho de ferro, não estamos apenas a falar em investimentos pontuais do ponto

de vista daquilo que significam em termos de alteração de uma política clara de desinvestimento no investimento

público como acontecia com a política de direita, estamos a falar em infraestruturas que são essenciais para a

coesão do País.

Quando falamos em investimento em novas estradas, quando falamos em investimento em novos portos,

quando falamos em investimento em novos aeroportos, estamos claramente a criar condições para que haja

mais coesão no nosso País.

A pergunta que deixo ao Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas é a seguinte: no quadro do novo

desafio que temos da descentralização, onde as questões da coesão estarão de novo na ordem do dia, quais

são as suas prioridades no sentido de conseguirmos com o investimento público aumentar os objetivos atingidos

já com a coesão do território e, sobretudo, capacitar o País para os novos desafios da descentralização.