28 DE NOVEMBRO DE 2018
11
A forma como um partido trata os mais velhos é uma marca de civilização e sublinhamos que, com este
Governo, o risco de pobreza diminuiu, sobretudo nos idosos. É por isso que o PS continua e continuará a
devolver rendimentos e a aumentar as pensões como tem feito. Aumentou uma vez, aumentou duas, aumentou
três e agora vai aumentar pela quarta vez!
Aplausos do PS.
A pensão social mínima cresceu praticamente 10% e mesmo as pensões de 1000 € cresceram 3,5%. Mas
não são só os montantes que estão em causa, é também a valorização do tempo de trabalho que as pessoas
deram ao seu País. Daí as medidas já tomadas quanto às muitas longas carreiras contributivas: 60 anos de
idade e 46 de carreira contributiva.
Com o Orçamento do Estado de 2019, acaba-se com a dupla penalização de quem tenha 60 anos de idade
e pelo menos 40 anos de contribuições. É um avanço significativo, mas importa reforçar que não colocamos em
causa os direitos dos pensionistas que não reúnam as condições deste novo regime. Seria um absurdo
completo.
Esses continuarão, como é óbvio, a ter direito ao regime de flexibilização atualmente em vigor.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Não é assim tão óbvio!
A Sr.ª Wanda Guimarães (PS): — De uma vez por todas, Sr.as e Srs. Deputados, o binómio 60/40 que agora
apresentamos representa uma medida de progresso social e, como tal, deve ser encarado.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do PCP, a Sr.ª Deputada Diana Ferreira.
A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, o PCP já tem
afirmado que uma das marcas mais importantes que existe também neste Orçamento e um dos elementos mais
importantes deste Orçamento do Estado é o terceiro aumento extraordinário consecutivo de pensões,
inseparável daquela que tem sido a intervenção e a insistência do PCP nesta matéria, que nunca se contentou
com o descongelamento das pensões e sempre entendeu que era importante ir mais longe e repor o poder de
compra perdido pelos reformados e pelos pensionistas.
Aplausos do PCP.
Esta medida é, efetivamente, muito importante neste Orçamento do Estado, mas importa garantir mais
direitos, também, aos reformados e, nomeadamente, aos trabalhadores e aos subscritores da Caixa Geral de
Aposentações. Tem grande significado e importância para milhares de trabalhadores a aprovação da proposta
do PCP, que alarga aos subscritores da Caixa Geral de Aposentações o regime de eliminação do fator de
sustentabilidade previsto neste Orçamento. Defendemos uma verdadeira convergência dos sistemas de
proteção social, que aprofunde os direitos de todos os trabalhadores, tanto do setor público como do setor
privado, e que não deixe de fora os subscritores da Caixa Geral de Aposentações no novo avanço que se
consegue neste Orçamento.
O PCP mantém a sua posição de fundo sobre a valorização das longas carreiras contributivas e a
necessidade de garantir justiça social a quem trabalhou uma vida inteira, e 40 anos de carreira contributiva são
uma vida de trabalho, de descontos para a segurança social e de produção de riqueza para o País.
Este é um processo que está distante da sua conclusão e o PCP continuará a lutar para levar mais longe os
passos que são dados neste Orçamento.
Aplausos do PCP.