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I SÉRIE — NÚMERO 29

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O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Carlos Silva (PSD): — O Governo do PSD e do CDS viu-se obrigado a capitalizar e reestruturar as

empresas, dando-lhes sustentabilidade, racionalidade e razoabilidade. Foi isto que o senhor encontrou: um

quadro de finanças públicas sustentável. É por isso que estas empresas públicas de transportes garantiam o

serviço público, em 2015, com melhores indicadores do que os que temos hoje em dia.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — É verdade!

O Sr. Carlos Silva (PSD): — Ainda quanto à sua citação de abril de 2018, também não é verdade, é mesmo

mentira, que, na altura ou agora, tenham de construção, no âmbito do Ferrovia 2020, 300 km no terreno. O tal

projeto ambicioso de modernização e construção ferroviária, de que falava, não passa de 10 km de eletrificação

na Linha do Minho, num troço entre Nine e Barcelos. Isto é brincar aos comboios, Sr. Ministro, é muito

poucochinho! Mas, na realidade, não tem mais para apresentar, apenas uns miseráveis 5% de execução no

Ferrovia 2020. Não tem obra, mas publicidade tem muita. E chega a colocar em fase de obra projetos que nem

em estudo ainda se encontram.

Quanto aos territórios do interior, também não é verdade que o interior seja central e prioritário na vossa ação

governativa. De resto, este Governo priva as regiões mais pobres do interior de fundos que lhes estavam

direcionados através do POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos),

desviando esses fundos para a expansão do metro, que não será mais do que um carrossel interfreguesias na

cidade de Lisboa e que apenas servirá um conjunto de interesses imobiliários.

Aplausos do PSD.

Em abril de 2018, o senhor dizia: «Agora é que é!». Estamos em dezembro, e o que têm os portugueses?

Têm menos investimento público. Só para dar um exemplo, em 2016 e 2017, este Governo investiu menos 50

milhões de euros do que o Governo anterior tinha investido, em 2015. Em dois anos cortaram, por via das

cativações, 1400 milhões de euros de investimento. E as vossas «muletas de coligação», o que dizem quanto a

isto? Nada! Gritam nas greves, deixam-se prender, enganam os trabalhadores, enganam os portugueses, mas

no Parlamento votam disciplinadamente e calam-se.

Esta descapitalização trágica traduz-se, neste momento, em muito piores serviços de saúde, dificuldades

sérias no âmbito da educação e serviços de transporte público como nunca se viu.

O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Nada!

O Sr. Carlos Silva (PSD): — Praticamente na indigência e, com isso, a tempestade perfeita nos serviços

oferecidos aos utentes.

Também na rodovia, o Governo abandonou os portugueses. Basta sair das autoestradas e entrar nas

estradas nacionais para verificar o estado deplorável das vias, que agrava a segurança dos cidadãos.

Os comboios são suprimidos todos os dias, em regiões onde não há transportes alternativos e em que o

próximo comboio é só, imagine-se, no dia seguinte! Os barcos, pura e simplesmente, não existem, como se

verificou, ontem, no Seixal.

O Sr. André Pinotes Batista (PS): — Os barcos não existem?!

O Sr. Carlos Silva (PSD): — Promessas não faltam. Promessas de novos barcos desde 2016, mas, num

dia, vêm quatro, noutro vêm dez, mas ainda não descobriram, como dizia ontem o Sr. Primeiro-Ministro, um

fabricante de barcos compatíveis com a navegabilidade no Tejo!

Risos do Deputado do PS André Pinotes Batista.