5 DE JANEIRO DE 2019
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Assim, a Assembleia da República expressa o seu profundo pesar pelo desaparecimento do escritor israelita
Amos Oz, apresenta as suas condolências à família, amigos e ao povo israelita, recorda a sua intervenção
cultural e cívica e a marca indelével que deixa tanto na literatura como na defesa da paz, e em particular da
solução de dois Estados.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP, do PAN e do
Deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira e abstenções do PCP e de Os Verdes.
Passamos ao Voto n.º 699/XIII/4.ª (apresentado pelo PS e subscrito por Deputados do CDS-PP e do PSD)
— De pesar pelo falecimento de Joaquim Bastinhas.
O Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, vai fazer o favor de ler este voto.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Joaquim Manuel Carvalho Tenório, Joaquim Bastinhas, nasceu em Elvas, a 8 de março de 1956.
Aos 12 anos apresentou-se como cavaleiro amador na Monumental do Campo Pequeno e percorreu as
praças de Portugal e Espanha, vindo a fazer prova de cavaleiro praticante em 9 de setembro de 1979, em Vila
Viçosa. Em 15 de maio de 1983, Joaquim Bastinhas tomou a alternativa de cavaleiro tauromáquico profissional
na praça de touros de Évora, tendo como padrinho José Mestre Baptista e como testemunha João Moura.
Joaquim Bastinhas era apelidado, muitas vezes, como o ‘toureiro do povo’. A empatia que gerava com as
bancadas, a alegria que transmitia em cada um dos momentos e a forma como chegava aos milhares de pessoas
que o seguiam, notabilizaram-no de forma ímpar.
França, México, Venezuela, Grécia, Macau, para além de Portugal e Espanha, vibraram com o mágico
momento do ‘par de bandarilhas’ que Joaquim Bastinhas, como nenhum outro, celebrizou e eternizou na
memória coletiva.
A 4 de setembro de 2015 foi ferido com gravidade, o que o levou a interromper a sua carreira, mas, em 21
de julho de 2018, voltou, numa corrida realizada na Figueira da Foz.
No mês de setembro realizou a sua última corrida, regressando a casa e ao Coliseu de Elvas.
Faleceu em 31 de dezembro de 2018, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, deixando saudade em todos
os que o conheciam.
Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta à família e amigos de Joaquim Bastinhas
o seu mais sentido pesar.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do CDS-PP e do PCP, votos contra
do PAN e abstenções do BE, de Os Verdes e do Deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira.
O Sr. Presidente: — Passamos ao Voto n.º 700/XIII/4.ª (apresentado pelo PS) — De pesar pelo falecimento
de Carlos Veiga Pereira, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária, Deputada Sandra Pontedeira.
A Sr.ª Secretária (Sandra Pontedeira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Faleceu, aos 91 anos, Carlos Veiga Pereira, figura destacada do panorama político e jornalístico português
do século XX.
Carlos Veiga Pereira nasceu em Sumbe, Angola, em 1927. Durante os tempos de liceu, foi diretor e redator
do Mefisto, um jornal editado por alunos do Liceu Salvador Correia, em oposição ao órgão da Mocidade
Portuguesa. Já na universidade, foi editor do Via Latina, órgão da Associação Académica de Coimbra, e diretor
do Meridiano, da Casa dos Estudantes do Império.
Na década de 50 colaborou com diversos periódicos, entre eles O Primeiro de Janeiro, Diário Ilustrado,
República e Diário de Notícias.