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12 DE JANEIRO DE 2018

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O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Não é nada inédito!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … se demitam não por dar cá aquela palha, mas porque estão

desesperados por promessas incumpridas. Sim, promessas de investimentos que o Sr. Primeiro-Ministro não

fez; promessas de requalificação que o Sr. Primeiro-Ministro não fez; promessas de contratações que o Sr.

Primeiro-Ministro não autorizou, porque o seu Governo não abre as vagas necessárias.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — São diretores desesperados, porque esperam meio ano, porque

esperam um ano, porque esperam até mais e nada acontece. É por isso que se demitem, porque vêm invocar

falta de segurança, falta de condições mínimas para prestarem serviços de qualidade aos seus utentes.

Sr. Primeiro-Ministro, enquanto o senhor não quiser ver isto, não vai conseguir resolver os problemas.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Deixe-me dizer-lhe mais, Sr. Primeiro-Ministro, até porque o senhor

gosta de números. Então, se gosta de números, olhe para todos eles. Olhe para os números do Tribunal de

Contas, que refere que, no passado triénio — pelo qual o senhor já é responsável —, as transferências para o

Serviço Nacional de Saúde baixaram em 6%. É o Tribunal de Contas que o afirma! E as dívidas aumentaram.

Sei que o Sr. Primeiro-Ministro vem de uma tradição em que as dívidas não são para ser pagas, são para

ser geridas.

Vozes do CDS-PP: — Claro!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Essa é a tradição socrática à qual o Sr. Primeiro-Ministro também

pertence: a dívida não é para pagar, é para gerir. Mas a verdade é que tudo isto resulta em falta de qualidade,

falta de assistência e falta de serviço aos utentes.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, a minha tradição é a de ter herdado uma Câmara

falida pela gestão da direita e de a ter posto em boas condições financeiras, reduzindo significativamente a

dívida.

Aplausos do PS.

Essa é a minha tradição.

É também da minha tradição ter recebido um País onde o nível da dívida estava em 130% do Produto (PIB),

já a termos reduzido para 124% e irmos reduzir este ano para 118%. Isso a senhora não poderá dizer, porque

o Governo do qual fez parte só aumentou a dívida, enquanto nós estamos a reduzi-la.

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Foram 80 milhões em quatro anos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E estamos a reduzir a dívida sem cortar nos salários, sem alterar o horário de

trabalho,…

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Então, e a carga fiscal?!