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I SÉRIE — NÚMERO 38

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Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, as promessas não são feitas à

minha pessoa, são feitas aos hospitais quando prometem mais contratações, mais investimentos, quando

prometem que vão regularizar dívidas e não o fazem. Mas, sobre isso, cá continuaremos para fazer esse retrato.

Sr. Primeiro-Ministro, em relação ao PETI, dou-lhe só três exemplos que deviam estar concluídos até 2020

e não estão: a Linha do Oeste, o IP 8 e o IC 35. São só três exemplos para lhe mostrar como era possível ter

feito mais e melhor.

Sr. Primeiro-Ministro, lamento, mas as minhas críticas são sempre políticas, nunca são pessoais. E, sim, o

seu Governo é incompetente na área da saúde, como é incompetente na execução das obras públicas.

Aplausos do CDS-PP.

Aliás, Sr. Primeiro-Ministro, os sinais que temos foram, de resto, bem apanhados do seu antecessor José

Sócrates: muita parra e pouca uva, muito anúncio e pouca ação no terreno.

Sr. Primeiro-Ministro, em relação ao aeroporto complementar de Lisboa, nesta bancada estamos muito à

vontade quanto a esse ponto por uma razão muito simples: sempre defendemos a solução Portela+1, sempre a

defendemos.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Ajudaram a ANA!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Quando o senhor defendia a OTA e dizia «na margem sul, jamais»,

nós defendíamos Portela+1.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Portanto, estamos muito confortados com uma decisão tomada pelo

nosso Governo e que já deveria estar executada há muito tempo.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — E qual foi a decisão que vocês tomaram?!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Qual é o problema, Sr. Primeiro-Ministro? É que o senhor não se

atrasou 50 anos, porque não teve responsabilidade durante esses 50 anos, mas atrasou-se todos estes anos

em que tem estado no Governo. O senhor atrasou-se todos estes anos em que tem estado no Governo e não

foi capaz de mover uma palha para resolver o problema do estrangulamento do aeroporto de Lisboa. Essa é

que é a verdade e o senhor não é capaz de o assumir. Mas depois vem atirar culpas para outros.

O Sr. Primeiro-Ministro, durante todo este tempo, andou a dizer que não podia tomar uma decisão porque

faltavam os estudos ambientais, faltava ver as aves, as aeronaves,…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … mas, de repente, fez um anúncio apresentando o tema fechado,

afinal, sem nenhum estudo de impacte ambiental.

A minha pergunta é muito simples: em que é que ficamos em relação ao aeroporto complementar de Lisboa?

Em que é que ficamos em relação à sua ação ou inação política?

É uma profunda incompetência, como, de resto, é promessa incumprida quando promete a neutralidade fiscal

e depois, no Orçamento — demos conta disso e aqui trouxemos —, aplica uma taxa de carbono, mais uma vez

um agravamento que limita qualquer benefício que daí pudesse vir.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de terminar, Sr.ª Deputada.