I SÉRIE — NÚMERO 38
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O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Está muito bem representado no Governo!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … que voltava aí, agora, outra vez, para dar prioridade ao investimento público.
Sr. Deputado, não houve consensos em Portugal, porque VV. Ex.as eram, e são, contra o investimento público
e o que querem é promover o investimento privado e a privatização de muitos setores da Administração Pública.
Aplausos do PS.
O que aconteceu foi simples: fizemos os projetos que não existiam e garantimos o financiamento que não
existia. Por isso, estamos hoje em condições de lançar as obras que não tínhamos condições para lançar e
criámos, entretanto, as condições financeiras e a folga financeira que nos permitem continuar a investir, sendo
que o investimento público foi aumentando sempre, ao longo da Legislatura, sem andar para cima e para baixo,
como aconteceu na Legislatura anterior, e aí, sim, com um pico em ano eleitoral, depois de três anos de grande
sacrifício. Isso não foi o que nós fizemos.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.
O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, os números relativos ao
desinvestimento público do seu Governo, ao longo de 2015, 2016 e 2017, são claros. São muito claros, Sr.
Primeiro-Ministro!
O Sr. AdãoSilva (PSD): — Exatamente!
O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Do que me recordo, quando o Sr. Primeiro-Ministro tomou posse, é das
promessas que fez aos portugueses. Prometeu tudo a todos e hoje estamos a ver as consequências: greves,
contestação constante e degradação dos serviços públicos. Estas são as consequências do que o Sr. Primeiro-
Ministro prometeu, quando tomou posse. E o investimento público também se insere nessas promessas
frustradas que fez.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Mas, Sr. Primeiro-Ministro, vamos a um tema que, esse, sim, é
verdadeiramente importante.
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Só um?!
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sei que não é propriamente um tema da sua preferência, como se viu,
aliás, no debate que ocorreu em dezembro. Refiro-me ao tema da saúde.
Sr. Primeiro-Ministro, já lhe trouxe o caso do serviço de cardiologia, na Guarda, e agora trago-lhe um outro
caso.
Quando tomou posse como Primeiro-Ministro, alguns cidadãos de Penafiel marcaram uma consulta de
cardiologia no hospital da sua terra para serem observados e tratados. O senhor é Primeiro-Ministro há mais de
três anos e este grupo de cidadãos, que marcou uma consulta de cardiologia na altura em que o senhor tomou
posse, ainda não teve essa consulta. Explique-me porquê!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.